Bolsonaro se declara apaixonado pela esposa após fala de Lula sobre amantes
Presidente se intitulou amante da democracia, pois amantes seriam mais amadas que as esposas; Bolsonaro comentou brincadeira
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu nesta quarta-feira (8) a um comentário feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um evento em Brasília. Em discurso alusivo aos dois anos do ataque aos Três Poderes, ocorrido em 8 de janeiro de 2023, Lula utilizou uma metáfora para descrever sua relação com a democracia, gerando controvérsia nas redes sociais.
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Lula afirmou: "Não sou nem marido, eu sou um amante da democracia. Porque, na maioria das vezes, os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres. Eu sou um amante da democracia". A declaração arrancou risos da plateia presente, composta por apoiadores e lideranças políticas.
Em resposta, Bolsonaro publicou um vídeo em suas redes sociais criticando a fala do atual presidente. "Segundo o Lula, maridos amam mais as amantes? Esse é o chefe da Nação que fala em família? O que podemos esperar desse cidadão? A família é a base da sociedade, dispensa comentário. Sou apaixonado pela minha esposa e, com toda certeza, a grande maioria dos maridos também", disparou o ex-presidente.
Lula exalta democracia e relembra ditadura militar
O evento, realizado em Brasília, teve como objetivo reafirmar o compromisso do governo com a democracia e relembrar os ataques que ocorreram há dois anos, quando extremistas invadiram e depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes. Lula utilizou o momento para reforçar sua visão sobre a importância do regime democrático.
"O dia de hoje é um símbolo de resistência. Estamos aqui para dizer: Ditadura nunca mais. Democracia sempre", declarou o presidente. Ele também mencionou o filme "Ainda Estou Aqui", que retrata os impactos da ditadura militar na vida da família do ex-deputado Rubens Paiva, preso e desaparecido durante o regime.
Bolsonaro e Lula
O episódio faz parte de uma longa série de trocas de farpas entre os dois líderes, que protagonizam o cenário político brasileiro desde 2018. Recentemente, Bolsonaro criticou medidas propostas pelo governo Lula para regulamentar plataformas digitais, alegando cerceamento da liberdade. Lula também acusou o governo anterior de desmonte das políticas ambientais, enquanto Bolsonaro rebateu, defendendo suas ações na Amazônia.
Lula tem reforçado em discursos públicos que seu governo é uma reação ao que chama de “ameaça golpista”, enquanto Bolsonaro minimiza os atos de 8 de janeiro e critica a narrativa oficial do episódio. A polarização política tende a aumentar cada vez mais até as próximas eleições presidenciais, em 2026.