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Política

Bolsonaro será multado se andar sem máscara em SP, diz Doria

9 jun 2021 - 15h09
(atualizado às 17h03)
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (9) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) será multado se participar de um movimento de rua no Estado sem o uso de máscara de proteção. "Ele será multado como qualquer outro cidadão que não usar máscara", declarou o governador em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.

Doria
Doria
Foto: Mister Shadow/ASI / Estadão Conteúdo

Bolsonaro planeja participar, no próximo sábado (12), de um passeio de moto com simpatizantes do governo. O presidente prevê a participação de 100 mil motos, que terá um percurso de 120 quilômetros, na capital paulista. O presidente já participou de dois eventos parecidos, o primeiro em 9 de maio, em Brasília, e o segundo na cidade do Rio de Janeiro, no último dia 23 de maio. Em ambos os atos, Bolsonaro não fez uso de máscaras.

Citando as manifestações contrárias ao governo que aconteceram no dia 29 de maio, Doria afirmou que "todos estavam com máscara". "As pessoas respeitaram a determinação do Governo do Estado de São Paulo".

O coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo, se posicionou contra a manifestação pretendida por Bolsonaro, mas afastou um possível posicionamento ideológico. Segundo ele, o Centro de Contingência "é absolutamente contrários a qualquer tipo de manifestação, seja do lado A ou do lado B".

"A recomendação é que não ocorra esse tipo de atividade", declarou. Na avaliação do órgão, manifestações tendem a aumentar o risco de contaminação por covid-19 e "com certeza prorroga o período que nós temos de enfrentamento a pandemia", afirmou Gabbardo.

Em 21 de maio, o presidente foi multado pelo governo do Maranhão por não usar máscara e provocar aglomeração em visita ao município de Açailândia. Durante o evento, o presidente cumprimentou apoiadores e visitou a sede do Sindicato dos Produtores Rurais. O uso do item de proteção em locais públicos é obrigatório no Estado desde setembro de 2020.

Estadão
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