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Política

Bolsonaro sobre debate na Band: 'Acho que devo ir. Vou ser fuzilado'

26 ago 2022 - 16h23
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que "deve estar" no debate com candidatos à Presidência da Band TV, marcado para este domingo, 28. O chefe do Executivo hesitava em comparecer ao evento, mas afirmou nesta sexta-feira, 26, que "bateu o martelo". "Num momento achava que não deveria ir, agora acho que devo", afirmou à rádio Jovem Pan. Como mostrou o Estadão, aliados do presidente disseram que ele tem se questionado se deve ou não participar e a decisão final só deve ser tomada no último momento.

Ele disse acreditar que sua estratégia para o debate dará certo, mas que já espera ser "fuzilado" pelos adversários. "Vão atirar em mim o tempo todo", afirmou. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal oponente de Bolsonaro, havia confirmado presença, mas a campanha petista está agora em compasso de espera. O ex-presidente só deve comparecer ao encontro se Bolsonaro, de fato, também for ao debate.

Durante a entrevista, o presidente ainda criticou a proibição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de os eleitores levarem celulares para as votações no dia 2 de outubro. Segundo ele, isso dificulta uma possível detecção de fraude no sistema eleitoral.

"O que mais recebi em 2018 foram pequenos vídeos de pessoas que iam votar, ia apertar o 17, e não saía. Já dava como encerrado, aparecia o 13 e o Haddad. E eles querem vetar isso daí. Será que não conseguiram sanar isso ou isso existe propositalmente para tentar mexer no número da votação final?", questionou o candidato, em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 26.

O candidato à Presidência da República também acusou, sem citar nomes, que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) supostamente interferiu na Polícia Federal (PF). "Esse ministro escala o seu delegado da Polícia Federal. Ele determina que faça isso ou aquilo. E quando o delegado põe ordem de prisão, busca e apreensão e ele assina embaixo, não é a PF. É que quer fazer isso daí. Há uma interferência buscando atingir seus objetivos que, no meu entender, é o poder", sugere Bolsonaro, ao ser perguntado sobre a operação da PF que, a mando do ministro Alexandre de Moraes, buscou celulares de oito empresários bolsonaristas, nesta semana.

O presidenciável ainda comparou a atitude de Moraes, ainda sem o citar nominalmente, a uma ditadura. "Quando se fala em caminho para ditadura, o Brasil está caminhando, não com a velocidade que estaria se tivesse o Haddad em meu lugar, mas não é pelo chefe do executivo. A gente não sabe porque essa pessoa age dessa maneira, agora a gente também vê claramente que faz tudo para prejudicar nosso lado", insinua. Em outro momento do programa, Bolsonaro declara que "a censura tem sido feita por parte do ministro Alexandre de Moraes", que "quer prejudicar" sua campanha e "está sendo parcial nas decisões dentro do TSE".

Estadão
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