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Política

Bolsonaro volta a lamentar atos de 8 de janeiro e diz que seu governo teve alguns "furos"

Essa foi a primeira vez que o ex-chefe do Executivo fala publicamente sobre os ataques que ocorreram às sedes dos Três Poderes

16 jan 2023 - 18h10
(atualizado às 18h31)
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Foto: Poder360

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a lamentar nesta segunda-feira, 16, os atos de vandalismo de 8 de janeiro, quando apoiadores extremistas dele invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, e reconheceu que seu governo teve alguns "furos".

Essa foi a primeira vez que o ex-chefe do Executivo, que está nos Estados Unidos desde pouco antes da mudança de governo, fala publicamente sobre o episódio.

"A gente lamenta o que aconteceu dia 8, uma coisa inacreditável. O pessoal aprendeu o que é política, conheceu os poderes, começou a dar valor à liberdade. Eu falava para alguns sobre a liberdade, e eles diziam que era igual ao sol, nasce todo dia, mas não é bem assim não. A gente acredita no Brasil", disse ele no condomínio onde está morando nos EUA, em vídeo divulgado pelo portal Metrópoles.

"Em quatro anos, todo dia era segunda-feira... tem alguns furos? Tem, lógico. A gente comete alguns deslizes em casa, quem dirá no governo. Se bem que em casa a gente sempre sabe quem é o responsável. É sempre nós, os maridos", afirmou ele, em outro momento.

A declaração de Bolsonaro ocorre no momento em que o cerco contra ele aumenta. A pedido da Procuradoria-Geral da República, ele se tornou investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por incitar atos antidemocráticos e também sua eventual participação, ainda que indireta, nos atos do dia 8 está na mira das apurações.

No final de semana, após chegar dos Estados Unidos, o ex-ministro da Justiça da sua gestão e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi preso por ordem do STF após ter tido uma atuação considerada leniente para impedir a destruição dos prédios dos Poderes.

Em uma busca e apreensão feita na casa de Torres, a Polícia Federal encontrou uma minuta de um decreto que procurava estabelecer as condições para a reversão da vitória eleitoral do agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de um estado de defesa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em um indicativo de que poderia haver um golpe de Estado em curso por extremistas.

Bolsonaro nunca reconheceu sua derrota para Lula em outubro passado e segue lançando dúvidas --sem fundamento-- contra o atual sistema eletrônico de votação.

No vídeo de menos de 2 minutos, o ex-presidente repetiu que "nunca saiu fora das quatro linhas", ao citar que alguns o criticam por isso. Aos simpatizantes, ele voltou a exaltar feitos da sua gestão.

Na noite dos atos violentos, Bolsonaro condenou as depredações e invasões, mas comparou-os a ações da esquerda.

"Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra", disse o ex-presidente na ocasião.

Bolsonaro já disse a aliados que deve retornar ao país no final do mês, segundo uma fonte do partido dele, o PL.

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