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Cinco presentes dos Emirados Árabes recebidos por Bolsonaro estão na mira da PF

Entre os itens estão um relógio, esculturas, e incensário. A maioria deles é cravejado com pedras preciosas e feito a ouro

5 jun 2023 - 08h57
(atualizado às 09h26)
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Foto: REUTERS/Adriano Machado

Além das joias da Arábia Saudita, outros cinco presentes dos Emirados Árabes Unidos recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão na mira da Polícia Federal. De acordo com O Globo, os itens foram incorporados ao acervo privado do ex-chefe do Executivo, e agora, foram solicitadas pela investigação mais informações sobre as peças.

Os itens são: um relógio de mesa cravejado de diamantes, esmeraldas e rubis; três esculturas, uma delas feita de ouro, prata e diamantes; e um incensário de madeira dourada. O valor de cada uma delas não foi registrado pela Presidência.

Conforme os documentos que o site teve acesso, o relógio de mesa foi dado pelo príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Bin Zayed Al Nahyan. A descrição afirma que o objeto foi "confeccionado em prata de lei com banho de ouro, cravejado com diamantes, esmeraldas e rubis", e tem 61 centímetros de altura.

O presente tem bases compostas "com elementos fitomórficos (em formato de plantas) dourados cravejados com diamantes, rubis e esmeraldas, tendo fundo esmaltado em verde", e um "domo ornado com arabescos em prata e ouro", que representa o edifício Qasr Al Watan, em Abu Dhabi.

Nessa mesma viagem, Bolsonaro recebeu do vice-ministro Mansour Bin Zayed Al Nahyan, uma escultura de 25 centímetros, A peça é talhada em aço, prata, ouro e diamantes, com "árvores em prata e ouro e, no interior, representação de gazelas, órix, cavalos, bodes, cabras e flamingos em prata entre palmeiras". Na parte de baixo, há "uma bandeira dos Emirados Árabes Unidos, em suas cores, cercada por diamantes."

Os itens foram recebidos em uma viagem do ex-presidente realizada entre 12 e 18 de novembro de 2021, na qual visitou Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes; Manama, no Bahrein; e Doha, no Catar. O objetivo da ida era estreitar laços comerciais com o Brasil.

Os outros três itens na mira da PF foram entregues em 2019 pela embaixada dos Emirados Árabes no Brasil e por autoridades durante uma viagem de Bolsonaro a Abu Dhabi. Um deles é uma escultura de navio antigo, com 54 centímetros, feita de metal.

Os demais itens listados foram recebidos em 2019 pela embaixada dos Emirados Árabes no Brasil e por autoridades durante uma viagem de Bolsonaro a Abu Dhabi. O primeiro deles é uma escultura de navio antigo, com 54 centímetros, feita de metal. Já o outro, com 120 centímetros de altura, representa uma falcão sobre um pedestal, feito de madeira e metal. O incensário é formado por "metal prateado e dourado", e possui 20 centímetros.

Todas essas peças estão na fazendo do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet. O imóvel, localizado em uma área nobre de Brasília, fica a menos de 100 metros da entrada do condomínio onde mora atualmente o ex-presidente. No final de seu mandato, 175 caixas foram levados para o local, com mais de 9 mil presentes recebidos por Bolsonaro nos últimos quatro anos.

Ao Globo, os advogados que representam Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser, negam qualquer irregularidade. A defesa afirma que pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que indicasse quais objetos incorporados ao acervo privado do ex-presidente deveriam ser devolvidos, "medida absolutamente necessária, visto que o ex-presidente recebeu mais de 9 mil presentes".

Ainda segundo eles, "até o momento o TCU não indicou os referidos itens (os cinco presenteados pelos Emirados Árabes), que, como sempre, estiveram à disposição".

Caso das joias sauditas

Em março deste ano, veio a público que o governo Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o País um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 milhões

As joias eram um presente do governo da Arábia Saudita para o ex-presidente e a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Elas estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro Bento Albuquerque, das Minas e Energia, que esteve no Oriente Médio na comitiva do presidente, em outubro de 2021. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Foram descobertas até aqui três caixas de joias em poder de Bolsonaro. No total, são 14 peças com um valor estimado entre R$ 17 milhões e R$ 18 milhões.

Entre os itens apreendidos estão anéis de diamantes, dois relógios, sendo que um deles é em ouro branco, e outros acessórios de luxo, como canetas rose gold.

Saiba o que havia em cada um dos kits e o valor estimado dos conjuntos:

Primeiro pacote (valor estimado em R$ 16,5 milhões)

Todos os itens são da marca Chopard e têm diamantes:

• Colar

• Anel

• Relógio

• Par de brincos de diamantes

Segundo pacote (valor estimado em R$ 1 milhão)

Todos os itens são da marca Chopard:

• Relógio com pulseira em couro

• Par de abotoaduras

• Caneta rosa gold

• Anel

• Masbaha rose gold

Terceiro pacote (valor estimado em R$ 500 mil)

• Relógio da marca Rolex, de ouro branco e cravejado de diamantes

• Caneta da marca Chopard prateada, com pedras encrustadas

• Par de abotoaduras em ouro branco, com um brilhante cravejado no centro

• Anel em ouro branco com um diamante no centro

• Masbaha de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes

Fonte: Redação Terra
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