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Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro é sócio nos EUA de empresários que apoiaram atos golpistas, diz site

Empresa foi aberta dias após palestras do ex-presidente Jair Bolsonaro nos EUA; documento não especifica qual o ramo

26 mai 2023 - 08h34
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Paulo Generoso e Eduardo Bolsonaro tem uma empresa em sociedade
Paulo Generoso e Eduardo Bolsonaro tem uma empresa em sociedade
Foto: Reprodução/Redes sociais

O filho número ‘3’ de Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) abriu uma empresa nos Estados Unidos em março deste ano. Ocorre que a Braz Global Holding LLC, no Texas, é uma sociedade com pessoas ligadas à disseminação de fake news no Brasil, e que apoiaram os atos golpistas de 8 de janeiro. Entre eles, Paulo Generoso, que já foi investigado pelas CPIs da Covid-19 e das Fake, além da CPMI das Fake News.

A informação foi revelada pelo UOL, em uma investigação feita pelo site em conjunto com a Agência Pública e o CLIP (Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística) nos últimos cinco meses.

A reportagem chegou a procurar pessoalmente o deputado na Câmara no último dia 24, e entre os questionamentos, respondeu: “Por que vocês estão me investigando? [...] Eu estou traficando droga? Eu estou roubando alguém? É corrupção?”. Os demais sócios também foram procurados, mas não retornaram.

Segundo os registros coletados pelo site, a empresa foi aberta dias depois de uma das primeiras palestras do ex-presidente nos Estados Unidos. Pouco antes de ir para o país, Jair Bolsonaro transferiu U$ 135 mil (R$ 675 mil), quase 75% do dinheiro líquido que ele declarou à Justiça Eleitoral.

Sócios de Eduardo

A Braz Global Holding, conforme consta no documento oficial do governo do Texas pertence a Eduardo Bolsonaro, em conjunto com o influenciador Paulo Generoso, conhecido por compartilhar notícias falsas e ter apoiado os atos golpistas, e com o ex-secretário nacional de fomento e incentivo à cultura no governo Bolsonaro, André Porciúncula. No documento, não há informações sobre qual o ramo do negócio.

Conforme aponta a reportagem, a empresa é registrada por Generoso no endereço de sua casa em Arlington, onde também há outras duas abertas dos sócios de Eduardo, mas sem seu nome. Uma delas é a Liber Group Brasil, aberta em 13 de janeiro, e o Instituto Liberdade, em 8 de fevereiro, e ambas pertencem à Generoso, Porciúncula, e outra ex-servidora do governo Bolsonaro, Raquel Brugnera.

Raquel e Paulo Generoso são criadores da página Movimento República de Curitiba, que surgiu em 2016 para apoiar a Operação Lava Jato. Com mais de um milhão de seguidores, o grupo publicou em sua conta no Facebook notícias falsas envolvendo a covid-19, urnas eletrônicas, e ainda defendeu os atos golpistas do começo deste anos. Generoso chegou a ter sua conta no Twitter suspensa por decisão judicial em janeiro de 2023.

Já André Porciúncula tem um curso online “Formação essencial em política”, no qual defende que a esquerda estaria tentando destruir a fé cristã, a beleza e a moralidade para implantar seus ideais políticos.

Porciúncula e Raquel são os personagens que fazem “parte” da família Bolsonaro e seus aliados. Ele foi o número dois da Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro, e deixou o cargo para ser candidato a deputado federal pelo estado da Bahia. Após ser derrotado, foi nomeado por Jair como secretário adjunto da Secretaria e, em 6 de dezembro, faltando menos de um mês para terminar o governo, virou o chefe da pasta.

Antes de se tornar empresária, Brugnera passou por dois cargos no governo Bolsonaro: chefe de gabinete da Secretaria de Economia Criativa da Secretaria Especial de Cultura, durante a gestão de Roberto Alvim – exonerado depois de produzir um vídeo com referências ao nazismo –, e assessora técnica da Fundação Palmares.

Assim como Porciúncula, Raquel também tem um curso, na plataforma Aprenda Eleger. Ela se apresenta como “estrategista política” e “empresária na área de captação de recursos e emendas parlamentares aqui em Brasília”.

Fonte: Redação Terra
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