Família Bolsonaro teme ter sido gravada por Wassef, diz jornalista
Uma fonte próxima ao ex-presidente afirmou que Wassef é considerado "inconsequente" e alguém que "não joga em grupo"
A família Bolsonaro e seu entorno estão preocupados com as possíveis descobertas que os investigadores possam fazer nos celulares que foram apreendidos com Frederick Wassef, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro. A apreensão ocorreu no âmbito do inquérito que investiga o caso das joias sauditas.
As informações são da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews. De acordo com o blog, uma fonte próxima ao clã Bolsonaro afirmou que Wassef é considerado "inconsequente" e alguém que "não joga em grupo".
A perspectiva de que Wassef possa ter gravado conversas com Bolsonaro, Flávio ou Fabrício Queiroz está causando preocupação entre os membros do núcleo duro do ex-presidente. Além disso, há receio de que autoridades do Judiciário e do Ministério Público também possam ter sido alvo de gravações.
O maior receio diz respeito a Flávio, uma vez que ele mantinha uma relação próxima com Wassef. O advogado, inclusive, costumava enfatizar repetidamente sua ligação com o filho mais velho de Bolsonaro.
Wassef prestará depoimento
A Polícia Federal (PF) intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras seis pessoas investigadas no caso das joias a prestarem depoimento simultâneo. A oitiva está marcada para a próxima quinta-feira, 31.
Os investigadores querem ouvir todos ao mesmo tempo para evitar a chance de combinarem versões. Os demais convocados a depor são:
- Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, general da reserva do Exército;
- Fábio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-chefe da Secretária de Comunicação da Presidência;
- Fraderick Wassef, advogado de Bolsonaro;
- Marcelo Câmara, assessor especial do ex-presidente;
- Osmar Crivellati, assessor de Bolsonaro.