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Política

Braga Netto é exonerado para ser vice de Bolsonaro e cargo fica com ex-secretário punido

Legislação determina que servidores públicos que queiram ser candidatos precisam deixar cargo no máximo três meses antes das eleições

1 jul 2022 - 13h02
(atualizado às 15h16)
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Walter Braga Netto
Walter Braga Netto
Foto: Cleia Viana / Agência Câmara

O general da reserva Walter Braga Netto (PL) foi exonerado nesta sexta-feira, 1º, do cargo de assessor especial do gabinete pessoal da Presidência. A saída do governo abre caminho para Braga Netto assumir a pré-candidatura a vice-presidente na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL). A legislação eleitoral determina que servidores públicos que queiram ser candidatos precisam deixar o cargo no máximo três meses antes das eleições, prazo a vencer no sábado, dia 2.

Para o lugar de Braga Netto, foi nomeado o até então secretário de Justiça, Vicente Santini, ligado à família Bolsonaro. Em 2020, ele ocupava cargo de secretário executivo da Casa Civil, mas chegou a ser demitido por alguns meses do governo após ter utilizado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Suíça e à Índia, o que gerou uma crise junto à opinião pública.

José Vicente Santini cumprimenta Bolsonaro na Índia
José Vicente Santini cumprimenta Bolsonaro na Índia
Foto: Alan Santos / PR

As mudanças na Presidência constam da edição do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, publicada já no final da manhã, com atraso, devido a problemas técnicos da Imprensa Nacional.

Outros três assessores especiais de Bolsonaro foram exonerados hoje para concorrer nas eleições, como os pré-candidatos a deputados federais Mosart Aragão Pereira (PL-SP), tenente de carreira, e Max Guilherme (PL-RJ), ex-sargento do Bope.

O assessor especial Tércio Arnaud (PL), conhecido pela ligação com o chamado "gabinete do ódio" formado dentro do Palácio do Planalto para atacar adversários de Bolsonaro, saiu do governo para ser candidato a primeiro suplente na chapa de Bruno Roberto (PL), que disputará o Senado pela Paraíba.

Estadão
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