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Política

Brasil e Chile assinam acordo sobre violações nas ditaduras

12 jun 2014 - 10h12
(atualizado às 11h17)
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Os governos brasileiro e chileno formalizaram nesta quinta-feira uma cooperação para troca de informações entre os dois países sobre violações de direitos humanos ocorridas durante os regimes ditatoriais. O memorando de entendimento foi assinado pelos chanceleres dos dois países durante a primeira visita da presidente Michelle Bachelet desde que assumiu seu segundo mandato.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, o acordo vai auxiliar as atividades da Comissão Nacional da Verdade – colegiado que investiga violações de direitos humanos no Brasil de 1946 a 1988.

O Brasil foi governado por regimes militares entre 1964 e 1985, enquanto o Chile viveu sob a ditadura do general Augusto Pinochet de 1973 a 1990.

Em visita ao Brasil em abril desde ano, o chanceler chileno, Heraldo Muñoz afirmou que seu país "acumulou muitos dados sobre a repressão", nos quais há informação sobre brasileiros detidos após o golpe liderado em 1973 por Pinochet, que derrubou ao presidente Salvador Allende. Na ocasião, Muñoz acrescentou que existe informação inclusive sobre "torturadores brasileiros" enviados ao Chile pela ditadura e outros dados sobre a cooperação de ambos os regimes no marco da chamada "Operação Condor".

Acordo comercial

Além do acordo sobre direitos humanos, a Confederação Nacional da Indústria

(CNI) e a Sociedade de Fomento Fabril (Sofofa), do Chile, assinaram uma declaração em que se comprometem a desenvolver projetos que ampliem e diversifiquem as relações comerciais bilaterais. Segundo a CNI, atualmente os acordos preferenciais do Chile alcançam 82,2% do comércio mundial, enquanto os do Brasil não passam de 10,2%. O setor produtivo brasileiro quer se aproximar da Aliança do Pacífico.

Em 2013, o fluxo comercial do Brasil com o Chile alcançou US$ 8,8 bilhões, e é a terceira maior corrente de comércio do País com uma nação da América Latina. Nos últimos quatro anos, o intercâmbio entre os dois países cresceu 65,3%.

Desaparecidos da ditaduraDesaparecidos da ditadura

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Fonte: Terra
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