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Política

Cabral pede desculpas à família de mulher arrastada por PMs no Rio

Parentes de Claudia da Silva Ferreira foram recebidos pelo governo do RJ; eles reforçaram pedidos de punição e questionaram versões da polícia

19 mar 2014 - 10h35
(atualizado às 13h19)
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A família de Claudia disse que passou à polícia nomes de testemunhas que viram ela caindo do carro
A família de Claudia disse que passou à polícia nomes de testemunhas que viram ela caindo do carro
Foto: Marcelle Ribeiro / Terra

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, recebeu nesta quarta-feira cerca de 10 familiares de Claudia da Silva Ferreira, moradora do morro da Congonha, no subúrbio do Rio, que foi arrastada por policiais militares em um carro no fim de semana. Ele prestou solidariedade, pediu desculpas aos parentes, e ofereceu ajuda psicológica do governo à família, no encontro no Palácio Guanabara.

Durante a reunião, a família cobrou investigações profundas a respeito da morte de Claudia e esclarecimentos sobre a maneira como a Polícia Militar atua nas favelas da cidade. O marido de Claudia, Alexandre Fernandes da Silva, disse que acreditou nas palavras do governador e que espera punição para os culpados. "Nada vai trazer ela de volta", lamentou.

Um dos irmãos de Claudia, Julio Cesar da Silva Ferreira afirmou que apesar de o governo ter se prontificado a ajudar a família com apoio psicológico, os parentes pretendem processar o Estado. Para Alexandre, a polícia tem de rever a maneira de atuar em comunidades carentes. "Tem que saber como chegar na comunidade. Não é chegar dando tiro, matar e falar que foi troca de tiros com bandidos", ressaltou. 

Família questiona polícia

Julio questionou uma versão que teria sido dada para o transporte de Claudia ter sido feito no porta-malas do carro da PM e não em um dos bancos do veículo. "Eles alegaram que não colocaram ela no banco de trás porque não dava para abrir as portas, por falta de espaço. Mas todos que foram ao local viram que há sim espaço para abrir as portas na rua", disse Julio Cesar.

A família de Claudia disse que passou à polícia nomes de testemunhas que viram ela caindo do carro da PM na rua Buriti, antes da segunda queda flagrada pelo vídeo, na rua Intendente Magalhães. Segundo os parentes, se ela não tivesse caído do veículo, a morte dela seria apenas "mais um caso".

Investigação

O secretário de Assistência Social do Rio, Pedro Fernandes, disse que o governador Sergio Cabral entende que esse é um caso de "extrema importância". "As investigações têm que ser rápidas", disse Fernandes. A família de Claudia foi recebida pela cúpula da Polícia do Rio na sequência para ouvir esclarecimentos sobre o caso.

A Defensoria Pública acompanha o caso. O governo do Estado colocou o programa de proteção às testemunhas à disposição dos parentes de Claudia e de quem mais solicitasse, mas ninguém foi incluído nele até o momento.

"Para nós é importante saber desde a razão da incursão policial, a como ela foi feita, quem deu o tiro, quando ela caiu a primeira vez. Queremos que o governador peça à polícia para se empenhar na investigação", disse Diego Gomes, amigo da família de Claudia.

Julio Cesar da Silva Ferreira, irmão de Claudia, questionou a rażão da suposta operação na favela ter sido feita por apenas seis PMs. "Como se faz uma operação com seis policiais contra, como eles dizem, 20 traficantes armados?", questionou Julio Cesar.

Mulher morre após ser arrastada por viatura da PM no Rio

Após ser atingida por um disparo durante operação policial em Madureira, no subúrbio do Rio de Janeiro, a auxiliar de serviços Cláudia da Silva Ferreira teria sido socorrida por policiais militares que segundo a assessoria da corporação, a colocaram dentro do porta-malas de uma viatura e a levaram para o hospital Carlos Chagas. No caminho até o hospital, o porta-malas se abriu o corpo da moradora foi arrastado pela rua, causando ainda mais ferimentos à vítima.

Os policiais foram presos em flagrante por determinação do comando do 9º Batalhão da PM. Eles são acusados de negligência na prestação de socorro a Claudia. O trio foi enquadrado no crime de "deixar, no exercício de função, de observar lei, dando causa direta à prática de ato prejudicial à administração militar", previsto no artigo 324 do Código Penal Militar.

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Fonte: Terra
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