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Política

Câmara nomeia advogado dativo para defender Donadon de cassação

12 jul 2013 - 13h50
(atualizado às 13h53)
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A Câmara dos Deputados abriu processo de cassação do mandato de Natan Donadon (PMDB-RO)
A Câmara dos Deputados abriu processo de cassação do mandato de Natan Donadon (PMDB-RO)
Foto: Leonardo Prado / Agência Câmara

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, deputado Décio Lima (PT-SC), nomeou o advogado Gilson César Stéfanes para fazer a defesa do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) no processo de perda de mandato. O advogado dativo (nomeado para o caso) terá até cinco sessões ordinárias para apresentar a defesa escrita do deputado à comissão.

Depois da apresentação da defesa, o relator do caso, deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ), dará parecer sobre a perda de mandato, que vai ser decida pelo plenário da Casa em votação secreta. Para que a cassação ocorra, são necessários 375 dos 513 votos. A indicação de Stéfanes, confirmada no início da noite de quinta-feira, não implicará em custos para a Câmara. O nome foi apresentado pelo líder do PMDB, ex-partido de Donadon, Eduardo Cunha (RJ).

Como o recesso parlamentar começa na quinta-feira da próxima semana, há o risco de haver baixa frequência de deputados já nos dias antecedentes. No entanto, como os parlamentares ainda precisam votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), acredita que haverá quórum para apreciar o processo de Donadon em plenário até quarta-feira.

Na última quarta-feira, uma decisão da Mesa Diretora da Câmara suspendeu todas as prerrogativas parlamentares de Donadon até que o processo de cassação seja concluído. Com isso, além do pagamento do salário (R$ 26,7 mil), estão suspensas a verba de gabinete, no valor de R$ 78 mil (usada para a contração de até 25 assessores), e a cota de exercício de atividade parlamentar (quase R$ 37 mil), usada, por exemplo, para pagamento de aluguel e passagens aéreas.

Natan Donadon está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde o dia 28 de junho, após esgotar o último recurso de defesa. Em 2010, ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 13 anos de prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. O prazo para que apresentasse advogado no processo de cassação foi encerrado ontem, criando o risco de que a decisão fique para o segundo semestre.

Agência Brasil Agência Brasil
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