Câmara suspende regra, e preso da Lava Jato vai depor na CPI
Eduardo Cunha suspendeu ato que proibia detentos de prestarem depoimento nas dependências da Câmara
O depoimento do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras será possível graças à suspensão temporária de um ato da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, de 2006, que “veda a realização de oitivas de presos nas dependências” da Casa.
Duque foi preso pela Operação Lava Jato e é apontado por delatores como um dos chefes do esquema de corrupção na estatal. Nesta quarta-feira (18), o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu abrir uma exceção e suspendeu a proibição para que Duque seja ouvido.
A decisão de Cunha é uma resposta a um pedido do presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que confirmou que o depoimento de Duque está marcado para as 9h30 desta quinta-feira.
Duque foi preso na última segunda-feira em sua casa, no Rio de Janeiro, e hoje está na carceragem da superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Ontem, o juiz federal Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, autorizou que Duque fosse ouvido pela CPI, mas a expectativa era que o depoimento ocorresse nas dependências da PF.