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Política

Caminhoneiros pró-Bolsonaro fazem bloqueios na Via Dutra e na Rio-Santos e afetam acesso a SP

Movimento começou na madrugada desta segunda-feira, 31; manifestantes promovem três bloqueios totais e parciais, na Via Dutra e na BR-101

31 out 2022 - 12h18
(atualizado às 18h57)
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RIO e BARRA MANSA - Manifestantes e caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) bloquearam nesta segunda-feira, 31, rodovias no Rio de Janeiro em protesto contra a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o atual mandatário nas eleições presidenciais.

Três manifestações causam bloqueio parcial ou total das rodovias Presidente Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, e a Rio-Santos. Os bloqueios ocorrem desde a madrugada desta segunda-feira, 31.

O primeiro protesto ocorreu em Campos dos Goytacazes, no quilômetro 64 da BR-101 (Rio-Santos). O trecho ficou totalmente interditado por duas horas, de 5h às 7h.

Caminhoneiros bloqueiam a Dutra, nos dois sentidos
Caminhoneiros bloqueiam a Dutra, nos dois sentidos
Foto: Reprodução/Twitter / Estadão

O trecho da Dutra, em Barra Mansa (RJ), está interditado desde às 00h30. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a pista permanece totalmente interditada e cerca de 100 manifestantes estão no local.

Os caminhoneiros fecharam a via nos dois sentidos. De acordo com a PRF, policiais negociam a liberação do trecho.

Os manifestantes de Barra Mansa dizem não ter lideranças formais. Caminhoneiros e moradores da região impedem a passagem de veículos . Comerciantes locais estão abastecendo os bolsonaristas com comida e água.

Até às 15h, os manifestantes ocupavam uma faixa de cada lado da Dutra e os acostamentos. Apenas ônibus de viagem e ambulâncias são autorizados a furar o bloqueio. Os grupos de caminhoneiros se revezam para autorizar ou impedir a passagem de carros e motos.

"Não vamos aceitar perder o que conquistamos até agora. Vamos ficar aqui até o Exército intervir. Não tem um líder ou um cabeça", diz o vendedor Antoniel Silva. Ele atribuiu o movimento a "patriotas".

O ambiente no bloqueio da Dutra ficou tenso em relação aos profissionais de imprensa no fim da tarde. Um fotógrafo da agência de notícias EFE foi hostilizado por manifestantes após entrevistar um caminhoneiro "sem autorização". Um grupo cercou o profissional e exigiu que ele mostrasse o conteúdo gravado dentro da boleia do caminhão.

Durante a discussão, um homem de camiseta preta se aproximou do fotógrafo pelas costas e e o atingiu na cabeça com uma garrafa de plástico. Depois desse incidente, os jornalistas que faziam a cobertura decidiram deixar o local, por falta de segurança.

Manifestantes que bloqueiam a Dutra se dizem patriotas
Manifestantes que bloqueiam a Dutra se dizem patriotas
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

Viagens canceladas

Outra interdição ocorre em Angra dos Reis (RJ), no Km 486 da BR-101 desde às 9h40. A posta chegou a ser liberada por volta das 10h, mas foi novamente interditada.

O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, afirmou à imprensa por nota que a "categoria reconhece a resultado das eleições".

"A categoria reconhece o resultado das eleições realizada no dia de hoje que é fruto da democracia que inclusive essas categoria defendeu em 7 de setembro de 2021 quando as instituições e o estado de direito foram severamente atacados."

Líderes de outras manifestações citaram o atual movimento como pontual e reconheceram a vitória de Lula.

Por causa dos protestos, empresas de ônibus que fazem a rota São Paulo-Rio de Janeiro cancelaram as viagens desta manhã, 31, e suspenderam a venda de novas passagens.

Estadão
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