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Política

Campanha de Boulos quer evitar 'erros de Freixo’ nas eleições de São Paulo

Pré-candidato à prefeitura, ele tenta se aproximar de evangélicos, mas sem fazer acenos forçados e, assim, evitar "efeito Freixo" em 2022

17 dez 2023 - 08h11
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Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato a prefeito de São Paulo, discursa em caravana em Capão Redondo.
Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato a prefeito de São Paulo, discursa em caravana em Capão Redondo.
Foto: Leandro Paiva / Divulgação / Estadão

Com o objetivo de conquistar maior apoio entre os eleitores evangélicos, Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à prefeitura de São Paulo, tem recebido orientações de pessoas próximas para evitar erros cometidos por candidatos anteriores do mesmo espectro político. Segundo aliados de Boulos, um dos casos considerados como erro de posicionamento é o do ex-deputado Marcelo Freixo durante a disputa pelo governo do Rio em 2022. As informações são do jornal O Globo. 

No intuito de ampliar seu eleitorado e conquistar o apoio de conservadores, Freixo fez declarações que foram contrárias à sua trajetória política. Além de não conseguir evitar uma derrota no primeiro turno, Freixo criou embates com a militância de esquerda.

Atualmente filiado ao PT, Freixo escolheu na época deixar o PSOL pelo PSB, visando atrair apoio do centro. Durante a campanha, ele mudou sua posição em relação à legalização das drogas, uma pauta importante para setores da esquerda, e justificou sua presença em um templo da Assembleia de Deus de Madureira, liderada pelo bispo Abner Ferreira, que apoiava o então presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que "ir à igreja não é pecado".

A análise da pré-campanha de Boulos é que a estratégia não obteve o resultado desejado, já que não conquistou efetivamente o apoio de líderes de grandes igrejas e, ao mesmo tempo, desanimou a própria militância.

Agora, Boulos tem buscado orientação informal junto a pastores que têm simpatia pelo PSOL. A expectativa é que ele receba o apoio do Núcleo de Evangélicos do PT (NEPT), partido que respalda sua pré-candidatura. 

Segundo pessoas próximas a Boulos, ele adotará uma abordagem cautelosa nas tentativas de se aproximar do segmento evangélico. A principal preocupação do círculo próximo ao deputado federal, que ingressou na política como líder do Movimento dos Trabalhadores Urbanos Sem Teto (MTST), é evitar qualquer gesto que possa ser interpretado como forçado.

Fonte: Redação Terra
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