Campos promete manter e ampliar o Minha Casa, Minha Vida
O presidente nacional do PSB e pré-candidato do partido à Presidência da República, Eduardo Campos, garantiu nesta sexta-feira, durante palestra no 86º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), em Goiânia, que manterá, em uma eventual administração futura dele, o programa Minha casa, Minha Vida. Campos ainda prometeu 4 milhões de novas casas populares em quatro anos. O pré-candidato disse, no entanto, que o programa de moradia popular deve ser aperfeiçoado.
“Nós vamos fazer constar no nosso Plano Plurianual esta meta. Isso é possível porque o Brasil foi aprendendo. Fez o primeiro Minha Casa com 1 milhão, passou para os 2 milhões. Agora é hora de ousar e passar para os 4 milhões, garantir o subsídio, esse é um programa que veio para ficar e deve ser um programa de Estado”, disse, em entrevista, o ex-governador de Pernambuco. Campos defende que o programa seja melhorado através de especificidades regionais. “E que se viabilize a construção de conjuntos mais próximos de onde o povo trabalha”, indicou.
A manutenção e a ampliação do programa de habitação popular é um dos itens da agenda defendida pelo setor de construção, que promove o evento – o maior da América latina – desde a última quarta-feira até hoje, no Centro de Convenções da capital de Goiás. Na abertura, na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff anunciou que lançará o Minha Casa, Minha Vida 3 até o dia 29 de maio e criticou, sem citar nomes, opiniões da oposição sobre o programa.
“Todos aqueles que prometerem fazer arranjos ou tomarem medidas impopulares tenham certeza que algumas delas será cortar subsídios do Minha Casa, Minha Vida”, disse Dilma. A presidente informou que o governo entregará até o final deste ano um total de 2 milhões e 750 mil unidades habitacionais. O presidenciável do PSDB, Aécio Neves, também foi convidado para palestrar no evento. O tucano participaria ontem, mas cancelou a participação.
Falando para a plateia dos empresários da construção, Campos criticou a condução da política econômica e a política tributária do Brasil, além das taxas de juros, para ele “as maiores do mundo”.
“Houve uma quebra de confiança. As pessoas imaginavam que a presidente Dilma ia dar continuidade às coisas boas e corrigir as coisas erradas. O que a gente viu foi que o Brasil parou de melhorar e começou a piorar”, sintetizou. Campos disse que é preciso devolver o Brasil aos brasileiros e tirar as “velhas raposas” isoladas em seus palácios do poder. Eduardo Campos disse que o governo precisa dialogar mais com a sociedade. "Governo que não tem ouvidos é governo que erra em série", assinalou.
Pesquisa Ibope
Eduardo Campos também comentou a última pesquisa Ibope, divulgada ontem, que mostra crescimento dele em 5 pontos percentuais. Para o ex-governador de Pernambuco, a tendência é crescer ainda mais. “Vamos seguir crescendo, a medida que a população conheça a nossa história, saiba o que eu fiz como governador, e por que eu fui reeleito com a maior quantidade de votos que já houve numa reeleição no Brasil. Por que Marina Silva, não podendo ser candidata, veio ao meu lado ser candidata a vice, o que a gente pensa sobre educação, segurança, desenvolvimento, mobilidade”, disse. “Quando o povo descobrir que tem uma opção para a gente mudar, mas não mudar para o passado, e sim para o futuro, tenho certeza que a gente vai crescer, e crescer muito”, disse.