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Política

Cardozo: não houve tradução de documentos entregues à Polícia Federal

28 nov 2013 - 21h00
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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou nesta quinta-feira que os documentos apontados como "dossiê dos aloprados" pelo PSDB sejam a tradução uns dos outros. O material divulgado pela imprensa nesta semana é referente ao envolvimento de representantes da legenda no esquema de corrupção no Metrô de São Paulo e têm informações diferentes nas versões em inglês e português. O ministro foi acusado por parlamentares do partido de forjar o documento para incriminar políticos paulistas.

"Nós comparamos os dois documentos. São documentos diferentes. Tradução significa verter de uma língua para outra. E não modificar, acrescentar dados. Aquilo que é dito de acréscimo na carta em português está coaduno. As empresas mencionadas estão mencionadas em outras passagens. Imaginar que isso é enxerto de um petista é ignorar que há outras coisas aqui", defendeu Cardozo.

Em reunião na terça-feira, a cúpula do PSDB anunciou que apresentará denúncia à Comissão de Ética da Presidência da República contra José Eduardo Cardozo, por entender que ele agiu politicamente no caso da investigação, pela Polícia Federal, das denúncias de envolvimento de representantes da legenda no esquema de corrupção no Metrô de São Paulo. Os parlamentares argumentaram que a tradução teria sido refeita para incriminar os políticos da legenda.

"É curioso. Aquele que pede investigação, na lógica deles (parlamentares do PSDB), tem que se defender. É a investigação do mensageiro independentemente da mensagem. O ministro da Justiça é mensageiro da ocorrência de eventuais crimes. (Isso) é um vil pretexto para criar uma cortina de fumaça", disse, durante entrevista coletiva.

O ministro disse que as investigações serão mantidas e reiterou que está sendo criticado por ter cumprido a lei ao entregar à Polícia Federal (PF) os documentos que acusam políticos paulistas de participação em cartel formado para fraudar licitações no metrô e trens de São Paulo. "A era dos 'engavetadores gerais' de denúncias acabou no Brasil. A era dos prevaricadores no exercício maior do Brasil acabou", conclui.

Agência Brasil Agência Brasil
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