Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Carlos Bolsonaro quer fim de cardápios vegetarianos em escolas para atacar 'militância de esquerda'

Medida também prevê que professores estarão proibidos de 'estimular' mudança do hábito alimentar em ambiente escolar; Prefeitura não respondeu

23 abr 2024 - 21h37
Compartilhar
Exibir comentários

BRASÍLIA - O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL), filho "zero dois" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apresentou um projeto de lei que proíbe cardápios vegetarianos e veganos nas escolas e creches da capital fluminense. A medida busca impedir o avanço da pauta de alimentação sem origem animal nas escolas que, segundo o parlamentar, é tema "sequestrado" pela "militância mais radical de esquerda".

O projeto de lei de Carlos estipula que a instituição de cardápios vegetarianos e veganos deverão ser proibidos nas escolas. O filho do ex-presidente também prevê que os professores estarão proibidos de "estimular" a mudança do hábito alimentar dos estudantes por meio de workshops, seminários e palestras.

O Estadão procurou Carlos Bolsonaro, o presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, vereador Carlo Caiado (União) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), mas não obteve retorno até o momento.

O vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL)
O vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL)
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

Ao longo da justificativa do projeto de lei, Carlos cita diversas reportagens que, supostamente, dariam razão para a proibição dos cardápios veganos e vegetarianos nas escolas. O parlamentar não cita dados científicos comprovados que possam motivar a medida.

O vereador ainda argumenta que os cardápios vegetarianos são adotados em "função de ecofanatismo alheio". Por isso, o parlamentar defende que o seu projeto evitaria que o Executivo da capital carioca se intrometa "numa particularidade que inequivocamente pertence às famílias, que não são obrigadas a adotar agendas militantes a título de "alimentação saudável".

A proposta ainda deve passar pelas Comissões de Justiça e Redação; de Administração e Assuntos Ligados ao Servidor Público; de Abastecimento Indústria Comércio e Agricultura; de Higiene e Saúde Pública e Bem-Estar Social e de Educação. Antes de virar de virar lei, projeto precisa ser aprovado por maioria na Câmara e ser sancionado por Eduardo Paes.

No mês passado, Carlos deixou o Republicanos, partido no qual foi eleito vereador em 2020, para se filiar ao PL, partido do pai. Na sigla, o parlamentar irá coordenar a campanha do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) à prefeitura do Rio.

Carlos está no sexto mandato de vereador no Rio, sendo eleito em todas as ocasiões com a ajuda do capital político do ex-presidente. Quando assumiu pela primeira vez uma cadeira na câmara municipal, em 2000, ele tinha acabado de completar 18 anos.

Em mais de 23 anos na Câmara Muncicipal, Carlos aprovou 13 projetos que se tornaram leis na capital fluminense. Outros quatro projetos de autoria do parlamentar que foram avalizados pelos vereadores foram posteriormente considerados inconstitucionais.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade