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Política

Carlos Bolsonaro visitou pai durante estadia na Embaixada da Hungria

Segundo jornal New York Times, Bolsonaro entrou na embaixada no dia 12 de fevereiro, após ter passaporte apreendido pelo STF; ex-presidente permaneceu dois dias na representação diplomática

27 mar 2024 - 19h34
(atualizado às 19h59)
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O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro em comemorações do Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília, ao lado dos comandantes das Forças (da esq. para dir.), general Freire Gomes, almirante Almir Garnier e brigadeiro Carlos Baptista Júnior
O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro em comemorações do Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília, ao lado dos comandantes das Forças (da esq. para dir.), general Freire Gomes, almirante Almir Garnier e brigadeiro Carlos Baptista Júnior
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil / Estadão

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu a visita do filho Carlos Bolsonaro (PL-RJ) na Embaixada da Hungria, em Brasília, quando passou pelo menos duas noites no local após ser obrigado a entregar o passaporte à Justiça Brasileira. O vereador seria o homem que visitou o ex-presidente brasileiro na noite de fevereiro, 13.

O visitante deixou o local 38 minutos depois. Nas imagens, outro homem que parece ser Bolsonaro se despede do homem, que seria Carlos, na garagem da representação diplomática, como revelou a coluna Igor Gadelha, do Metrópoles.

Nesta semana, o jornal dos Estados Unidos The New York Times (NYT) publicou imagens de vídeo e fotos indicando que Bolsonaro entrou na embaixada no dia 12 de fevereiro e só saiu de lá dois dias depois. O NYT divulgou, ainda, fotos de satélite mostrando que o veículo usado pelo ex-presidente ficou estacionado na embaixada.

Segundo o jornal, estadia de Bolsonaro sugere uma tentativa de "alavancar a sua amizade" com o primeiro-ministro Viktor Orbán, que é um político da extrema-direita do país europeu. A estratégia seria tentar escapar de punições da Justiça brasileira, segundo o NYT. A reportagem, contudo, não chega a detalhar algum plano concreto de fuga de Bolsonaro.

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Nesta quarta-feira, 27, a defesa do ex-presidente informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a visita dele à Embaixada da Hungria foi uma "agenda política". "Sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador", alegam os advogados.

Os esclarecimentos foram enviados ao ministro Alexandre de Moraes, que havia dado 48 horas para a defesa do ex-presidente se explicar. Foi ele quem mandou Bolsonaro entregar os passaportes, no mês passado.

Estadão
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