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Política

Carlos Jordy fala em ditadura após ser alvo de operação da PF: ‘Acordado com o fuzil no rosto’

Deputado federal foi alvo de busca e apreensão na 24ª fase da Operação Lesa Pátria

18 jan 2024 - 09h10
(atualizado às 10h06)
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Resumo
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) se manifestou após ser alvo de busca e apreensão, em uma operação da Polícia Federal. O parlamentar afirmou que o país sofre com uma “ditadura”. A PF apura supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e golpe de Estado.
Deputado Carlos Jordy fala em 'ditadura' após ser alvo de operação da PF: 'Medida autoritária':

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) se manifestou nas redes sociais após ser alvo de busca e apreensão na 24ª fase da Operação Lesa Pátria, na manhã desta quinta-feira, 18. O parlamentar afirmou que não sabia do que se tratava a ação até ver as notícias sobre o caso, e que o País sofre com uma “ditadura”. 

“Fui acordado às 6h, estava dormindo com a minha filha, e a minha esposa, e fui acordado com o fuzil no rosto pela Polícia Federal. Os agentes foram até bem educados, diziam que estavam fazendo o trabalho deles, mas eu não sabia o que era. Eles me deram uma cópia [do mandado], petição 11.986, eu desconhecia o que era, e eles estavam buscando armas, celular, tablet”, detalhou. 

O líder da oposição afirmou que teve o celular e a arma apreendidos, mas que os agentes da PF não encontraram nada que pudessem “incriminá-lo”. “Queriam dinheiro, sei lá, tinha mil reais aqui em casa”, disse rindo da situação. 

Carlos Jordy se manifestou após ser alvo de busca e apreensão
Carlos Jordy se manifestou após ser alvo de busca e apreensão
Foto: Reprodução/X

Segundo o parlamentar, a busca e apreensão, determinada pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, “é a verdadeira constatação de que estamos vivendo uma ditadura”. Ele também afirma que nunca incitou que as pessoas se manifestassem na frente dos quartéis. 

“Em momento algum eu estive nos quartéis generais quando estava acontecendo todos aqueles acampamentos. Nunca apoiei nenhum tipo de ato, tanto anterior ou depois do 8 de janeiro, embora as pessoas tivessem todo o direito de fazer as suas manifestações contra o governo eleito. Então, é totalmente arbitrário, nenhuma postagem minha, nada que possa ser colocado contra mim, ou que justifique essa medida autoritária de busca e apreensão”, declara. 

Jody também tratou a operação como “uma piada”, dizendo que tem o intuito de perseguir os adversários do atual governo, com  “viés totalitário, intimidatório”, e que “não tem respaldo legal”. 

“Antes vocês iam na casa de políticos corruptos, políticos que tinham alguma investigação por corrupção, e hoje vocês estão indo por conta de determinação de uma pessoa que se julga dono do Brasil. [...] É lamentável a ditadura que nós estamos vivendo no Brasil, mas nós não vamos desistir, não vamos nos intimidar”, finaliza. 

Operação

Equipes da Polícia Federal cumprem 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, sendo oito no Rio de Janeiro e dois no Distrito Federal. De acordo com a PF, o objetivo da operação é identificar aqueles que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos, que ocorreram entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro.

Os atos começaram logo após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. Nessa época, apoiadores do então presidente bloquearam rodovias, queimaram pneus, e ocuparam portas de quartéis, até o dia 8 de janeiro, quando invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília e os depredaram. 

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, afirma a Federal em nota. Até o último dia 8, a Operação Lesa Pátria realizou 97 prisões preventivas e 313 buscas e apreensões . A PF também conseguiu apreender R$ 11.692.820,29. 

Fonte: Redação Terra
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