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Política

Casa do autor de ataque em Brasília sofre incêndio em Santa Catarina e PF assume investigação

Ex-mulher de Wanderley foi atendida com queimaduras de até terceiro grau por todo o corpo e encaminhada para hospital regional; Polícia Civil ainda não comentou o caso

17 nov 2024 - 07h23
(atualizado às 11h21)
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A casa do catarinense autor do ataque a bombas na Praça dos Três Poderes, Francisco Wanderley Luiz, pegou fogo na manhã deste domingo, 17. Segundo informações do 15° Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Catarina, a ocorrência aconteceu por volta das 7h. Uma mulher sofreu queimaduras e foi encaminhada para o hospital. A Policia Federal informou que vai assumir a investigação.

A residência de 50 metros quadrados, que fica em Rio do Sul, foi parcialmente tomada pelas chamas. Segundo o Batalhão, foram necessários oito mil litros de água para conter o incêndio. A Polícia Civi foi procurada pelo Estadão, mas ainda não respondeu.

Segundo a assessoria do Hospital Regional Alto Vale, a vítima é Daiane Dias, de 41 anos, ex-esposa de Wanderley. Conforme informou o hospital, ela deu entrada e segue em atendimento.

Na esquina do terreno onde houve o incêndio há um outdoor anunciando os serviços do "Chaveiro França", que era o nome usado por Francisco Wanderley Luiz na cidade catarinense. Conhecido também como Tiü França, o homem foi candidato a vereador em 2020, pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas obteve apenas 98 votos e não se elegeu.

Segundo o boletim do batalhão de Bombeiros, a mulher que estava na residência sofreu queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau em 100% do corpo, e foi retirada do local por vizinhos. "A causa do incêndio só é confirmada após o trabalho de perícia, que se for acionado pelo dono do imóvel, pode levar até 30 dias para o laudo", diz a nota dos Bombeiros.

Relembre o caso

Tiü França foi encontrado morto após uma sequência de explosões na Praça dos Três Poderes, no início da noite da última quarta-feira, 13. O homem de 59 anos estava na capital federal há três meses, e alugou uma casa em Ceilândia, no entorno de Brasília, onde também foram encontrados explosivos.

No dia do atentado, Wanderley tentou acessar o Supremo Tribunal Federal (STF) com explosivos e, momentos antes, entrou na Câmara dos Deputados, acessando o Anexo IV e um banheiro da Casa. Cerca de uma hora antes das explosões, ele publicou em suas redes sociais críticas ao STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aos presidentes da Câmara e do Senado.

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Estadão
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