Script = https://s1.trrsf.com/update-1725976688/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Caso Marielle: Moraes suspende julgamento de decisão que obrigou entrega de dados do Google ao MP

Google alega que a determinação coloca em risco a privacidade dos usuários e viola direitos fundamentais protegidos pela Constituição

30 set 2023 - 17h50
(atualizado às 19h26)
Compartilhar
Exibir comentários
Moraes suspende julgamento de decisão que obrigou entrega de dados do Google ao MP
Moraes suspende julgamento de decisão que obrigou entrega de dados do Google ao MP
Foto: Fátima Meira/Futura Press

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista (mais tempo para análise) e suspendeu o julgamento de um recurso do Google contra a decisão que obrigou a plataforma a entregar dados de usuários que fizeram buscas sobre a vereadora Marielle Franco (PSOL) nos dias que antecederam seu assassinato.

A empresa alega que a determinação coloca em risco a privacidade dos usuários e viola direitos fundamentais protegidos pela Constituição.

A decisão do STF no caso representará um precedente importante sobre a produção de provas nos meios digitais. O julgamento não tem data para ser retomado. Moraes tem até 90 dias para devolver a ação ou o caso retorna automaticamente à pauta.

Até o momento, apenas a ministra Rosa Weber se manifestou. Ela deixou o voto no plenário virtual, onde o julgamento foi iniciado antes do pedido de vista de Moraes.

A ministra defendeu que o recurso do Google seja acolhido. Ela argumentou que a ordem judicial que obrigou a plataforma a entregar dados de usuários é `genérica e não individualizada', o que em sua avaliação viola o direito dos cidadãos à proteção de dados na internet.

"Entendo inexistir, no contexto atual, lei válida e constitucional que possibilite o emprego do meio de obtenção de prova em questão de forma tão genérica e abrangente, a demonstrar, data venia, a sua inadmissibilidade", escreveu Rosa Weber.

O pedido para obrigar o Google a compartilhar as informações partiu do Ministério Público do Rio. O STJ determinou que o buscador fornecesse todos os dados de geolocalização dos usuários que estavam nos arredores do local onde o carro dos atiradores no dia do crime foi visto pela última vez, em 2 de dezembro de 2018; e todas as buscas de sete palavras-chave ("Marielle Franco", "vereadora Marielle", "agenda Marielle", "agenda vereadora Marielle", "Casa das Pretas", "Rua dos Inválidos, 122? e "Rua dos Inválidos") por quaisquer usuários durante os cinco dias que antecederam o crime.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade