Caso se torne inelegível, Bolsonaro evitará lançar aliado para 2026, diz jornal
Estratégia de "sobrevivência política" deve seguir passos de Lula em 2018
Caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se torne inelegível pelo Tribunal Superior Tribunal (TSE), aliados do político apontam que a estratégia adotada será mantê-lo na disputa. Assim, Bolsonaro evitará a indicação de um sucessor, e esgotará a possibilidade de recursos até o último minuto.
A informação foi revelada pelos jornalistas Carolina Linhares e Joelmir Tavares, no jornal Folha de S. Paulo. O julgamento de Bolsonaro no TSE começa nesta quinta-feira, 22.
Políticos bolsonaristas acreditam fortemente na condenação por abuso de poder político, que teria acontecido em uma reunião com embaixadores em julho do ano passado no Palácio da Alvorada. Na ocasião, Bolsonaro fez graves acusações contra o sistema eleitoral brasileiro, sem provas.
Sem sucessor
Embora uma condenação abra caminho para a ascensão de outros nomes da direita na corrida eleitoral de 2026, esta alternativa não deve ser escolhida pelo QG de Bolsonaro. Isso porque, na avaliação das fontes, trabalhar em um novo nome poderia esvaziar o capital político do ex-presidente.
O discurso a ser usado deve ser o de que ainda há tempo para que a decisão seja revertida e ele participe do pleito, assim como fez o presidente Lula em 2018, quando só trocou sua candidatura pela de Fernando Haddad (PT) quando todas as alternativas já tinham sido esgotadas.