Centrão tenta votar projeto para anistiar aliados de Bolsonaro

Líderes do Centrão atuam dentro do Congresso para votar com urgência um projeto de lei que pode anistiar aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), informa a coluna de Andréia Sadi, da TV Globo.

Entre os que podem se beneficiar com a medida, estão os nomes de Roberto Jefferson e Allan dos Santos, ambos ligados ao presidente da República e que estão na mira da Justiça.

Notícias relacionadas

Clubes militares falam em partidarismo do STF e defendem perdão a Silveira

Vantagem de Lula para Bolsonaro cai 5 pontos sem Moro na disputa

Ministro vê ofensa grave em fala de Barroso sobre Forças Armadas

Em meio à corrida do Centrão para avançar com o projeto de lei, aliados de Bolsonaro também articulam para conquistar votos entre os congressistas para salvar o mandato do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas anistiado pelo presidente - o que gerou críticas da oposição.

De acordo com a coluna de Sadi, deputados, que acionaram o STF para poder votar sobre a decisão de manter ou cassar a cadeira do colega, informaram o Palácio do Planalto de que já possuem votos suficientes para garantir a continuidade do mandato de Daniel.

O presidente Jair Bolsonaro decidiu conceder perdão ao deputado Daniel Silveira antes mesmo de o STF julgar o parlamentar culpado e condená-lo a prisão. A decisão acabou tendo apoio de auxiliares mais próximos, incluindo o ex-ministro da Defesa, general Braga Netto (PL), cotado para ser vice na chapa de Bolsonaro.

Na quarta-feira, 20, o deputado bolsonarista foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por incitar a violência contra ministros da Corte. O placar foi de dez votos a um pela punição. Os ministros ainda mandaram a Câmara cassar o mandato de Silveira.

Na quinta-feira, 21, Bolsonaro publicou o perdão em decreto em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Três partidos de oposição, Rede Sustentabilidade, PDT e Cidadania, já entraram com ações no Supremo Tribunal Federal contra o perdão concedido pelo presidente.

* Com informações do Estadão Conteúdo e Reuters