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Política

Chileno que sequestrou Washington Olivetto será deportado

Medida é resultado de um acordo com a Justiça brasileira; Alfredo Canales Moreno completará sua sentença no país de origem

7 nov 2014 - 19h41
(atualizado às 20h37)
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<p>O publicit&aacute;rio Washington Olivetto foi sequestrado em&nbsp;dezembro de 2001</p>
O publicitário Washington Olivetto foi sequestrado em dezembro de 2001
Foto: Milene Cardoso / AgNews

Um cidadão chileno que participou do sequestro do publicitário Washington Olivetto no Brasil, no final de 2001, será deportado nos próximos dias ao Chile, informou nesta sexta-feira o ministro da Justiça chileno, José Antonio Gómez.

Trata-se de Alfredo Canales Moreno, que foi membro do grupo armado Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR), durante a ditadura militar chilena e que no Brasil participou do sequestro de Olivetto junto com outras cinco pessoas.

Gómez explicou aos jornalistas que Canales, que já cumpria pena no Brasil, poderá retornar ao Chile graças a um acordo com a Justiça brasileira para que siga completando sua sentença em seu país de origem.

"Existe um convênio no qual se estabelece o critério do cumprimento de pena nos países dos quais são originais os condenados. Neste caso, este senhor que é chileno vai cumprir a pena em sua totalidade em seu país", declarou Gómez.

A previsão é que Canales Moreno chegue a Santiago na próxima quinta-feira, 13 de novembro, acompanhado por vários funcionários da Polícia de Investigações do Chile.

O ministro explicou que a situação de Canales Moreno não é a mesma de outro dos chilenos envolvidos no sequestro, Mauricio Hernández Norambuena.

"Para Hernández Norambuena, que também está envolvido no assassinato do senador chileno Jaime Guzmán (1991), o Brasil nunca deu a possibilidade nem a autorização de cumprir a condenação no Chile", detalhou.

O sequestro de Olivetto aconteceu em dezembro de 2001 e durou 53 dias, até que a polícia localizou sequestradores, que exigiam um resgate de US$ 10 milhões.

Os sequestradores foram condenados a penas de 30 anos de prisão pelo longo cativeiro e pelas supostas torturas às quais submeteram o publicitário.

EFE   
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