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Política

Ciro Nogueira diz que presidente da Câmara, Arthur Lira, já escolheu relator do arcabouço

1 abr 2023 - 13h11
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O senador Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou que o presidente da Câmara e colega de partido, Arthur Lira (PP-AL), já escolheu o nome do parlamentar que será o responsável por relatar a proposta de arcabouço fiscal apresentada nesta semana pelo governo Lula.

Segundo Nogueira, a decisão já foi tomada e saiu de uma lista que teve os seguintes indicados: Fernando Bezerra, Covatti Filho, Cláudio Cajado e Mario Negromonte (todos do PP). Para respeitar a liturgia dos cargos, Nogueira afirmou que deixará o anúncio do nome do relator para Lira.

"A pessoa que foi escolhida é uma pessoa eu conheço há muito tempo, é um homem muito inteligente e equilibrado. Ele vai saber separar totalmente as coisas. Ele não pensa em ser pró-governo ou contra governo, mas vai pensar no Brasil", disse Nogueira, em entrevista à CNN Brasil neste sábado, 1.

"O relator vai ouvir empresários, economistas. E vai conversar de maneira muito honesta com o ministro (da Fazenda), Fernando Haddad, que vejo que é pessoa bem intencionada. Tenho certeza de que irá fazer um grande relatório esse parlamentar", acrescentou.

Nogueira afirmou ainda que o PP, embora seja um partido de oposição ao governo Lula, não vai se opor ao tema da definição de um novo marco fiscal. "Acho que o relator tem que apoiar. Temos que dar solução para o País", ressaltou. Ele também descartou a intenção de realizar manobras no Parlamento a fim de adiar a análise do arcabouço. O tempo para apreciação será "o suficiente" para que haja todas as audiências necessárias, afirmou. O PP contratou uma assessoria para estudar a proposta apresentada por Haddad esta semana e que, só a partir daí, o partido vai emitir um julgamento.

Nogueira afirmou ainda que gostaria muito de ver uma redução da taxa básica de juros (Selic) no País, mas ponderou que não vê espaço para isso no momento devido a instabilidades do governo Lula. "Tem uma loucura, uma fixação, uma vontade (do Lula) de esconder os problemas do País, atacando um dos maiores economistas do mundo, que é o presidente do Banco Central (Roberto Campos Neto)".

Estadão
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