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Política

Ciro prevê derretimento de Bolsonaro: "Qualquer um derrota"

Presidenciável do PDT tem aparecido em terceiro nos levantamentos, atrás do atual mandatário e do ex-presidente Lula

12 jul 2021 - 17h29
(atualizado às 17h48)
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Ciro Gomes
Ciro Gomes
Foto: Gabriela Biló / Estadão Conteúdo

O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) endossou nesta segunda-feira, 12, a convicção que dirigentes partidários manifestaram depois das últimas pesquisas eleitorais. Para ele, Jair Bolsonaro passará por um derretimento ainda maior e "qualquer um" irá derrotá-lo. O pedetista tem aparecido em terceiro nos levantamentos, atrás do atual mandatário e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Qualquer um de nós vai derrotar o Bolsonaro. Mas não vamos abaixar a arma, porque ele é muito perigoso. Nós só vamos abaixar as armas quando ele estiver enterrado politicamente", disse em encontro com o babalawô Ivanir dos Santos e outras lideranças negras no Rio de Janeiro.

Mesmo diante do espaço exíguo que as pesquisas apontam para o crescimento de uma alternativa à disputa entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula, Ciro disse que há uma margem "imensa" para ascender. Reconheceu que se vê num segundo turno contra o petista, que hoje exerce forte atração sobre os votos anti-Bolsonaro.

"Sem nenhuma dúvida (o foco é no derretimento do Bolsonaro). A probabilidade (de um segundo turno contra Lula) é muito grande", afirmou.

Foco de Ciro é quebrar polarização Bolsonaro-Lula

Mais cedo, Ciro publicou nas redes sociais um vídeo em que prega o voto "#NemUmNemOutro", tentando construir uma alternativa ao domínio dos dois nas pesquisas. Segundo o último levantamento do Ipec (ex-Ibope), apenas 13% do eleitorado diz que não votaria em nenhum deles atualmente, o que mostra a dificuldade de criação de uma terceira via.

"Um diz que vai fazer o que não fez antes e nem vai fazer agora. O outro representa tudo de mau que está acontecendo ao Brasil. Mas ninguém é obrigado a escolher entre as contradições de Lula e a maldade de Bolsonaro", escreveu o pedetista.

Ciro está no Rio nesta segunda-feira, onde continuará nesta terça-feira, 13, quando terá um almoço fechado com o prefeito Eduardo Paes (PSD). Considerado peça-chave nos palanques para 2022, o mandatário carioca também recebeu, no mês passado, o ex-presidente Lula. Paes tem apresentado o nome do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, como seu candidato ao governo do Rio. Mas mantém conversas com outros grupos políticos, incluindo o PDT.

Na semana passada, o pré-candidato do partido ao governo, Rodrigo Neves, também almoçou com Paes. O ex-prefeito de Niterói, que deixou o cargo no ano passado com a popularidade em alta, é a aposta de Ciro no Rio, considerado essencial pela oposição por ser o berço do bolsonarismo. O cenário ainda é incerto no Estado, mas, além de Neves e Santa Cruz, a lista de pré-candidato tem o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), que lidera as pesquisas.

Ciro almoçou nesta segunda Ivanir, figura sempre presente nas discussões sobre intolerância religiosa, para debater um programa nacional antirracismo. Também estiveram presentes outras lideranças do movimento negro e do PDT, como Rodrigo Neves, o ex-deputado federal Miro Teixeira, a deputada estadual Martha Rocha e o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. O local foi a casa de Ivanir, no Morro da Mangueira, zona norte da capital fluminense. Serviu-se feijoada.

"O PDT foi o primeiro partido a abordar esse tema (direitos humanos de pessoas das favelas) oficialmente. Leonel Brizola teve a coragem de falar que os favelados têm que ser chamados de cidadãos", apontou Ivanir, durante conversa com Ciro. "A luta dos negros no Brasil não pode ser tratada como uma causa identitária, é uma questão da maioria."

Depois de feijoada com lideranças negras na Mangueira, pedetista foi a Niterói e Duque de Caxias

Ao longo da tarde, o pedetista faz ainda a Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara, e a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, durante a curta passagem pelo Estado. Na capital fluminense, o ex-ministro, em 2018, ficou muito à frente do petista Fernando Haddad, segundo colocado na eleição nacional.

Quando esteve no Rio, no mês passado, Lula também debateu com lideranças negras e comunitárias. Os direitos humanos de pessoas que vivem nas favelas cariocas são considerados tema-chave para a oposição ao bolsonarismo no Estado. O Rio é conhecido pelas recorrentes operações policiais que resultam em mortes e denúncia de violações.

O petista ainda se reuniu com diversos políticos de esquerda e do centro, além de ter visitado um estaleiro.

Já o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), em ritmo de prévias para tentar ser o candidato do partido ao Palácio do Planalto, em sua passagem pelo Rio, visitou o novo presidente estadual do partido, Otavio Leite, e o apresentador Luciano Huck, também em junho.

Além deles, o próprio presidente Jair Bolsonaro participou recentemente de atos com forte apelo eleitoral na cidade. O principal foi a 'motociata' que percorreu mais de 50 quilômetros em trechos da zona oeste e da zona sul da cidade, em maio.

Estadão
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