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Política

Ciro suspende pré-candidatura após PDT aderir à PEC

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, ex-ministro pressiona para que bancada 'reavalie' votos no segundo turno de votação do texto; 15 deputados pedetistas votaram com o governo

4 nov 2021 - 09h08
(atualizado às 09h17)
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O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) anunciou nesta quinta-feira, 5, a suspensão de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto até que seu partido "reavalie" sua posição quanto à PEC dos Precatórios, aprovada em primeiro turno na madrugada desta quinta-feira, 4, na Câmara. A legenda, que faz oposição ao governo Bolsonaro, aderiu à proposta e foi fundamental para a aprovação.

Ciro Gomes ficou bravo com posição do partido
Ciro Gomes ficou bravo com posição do partido
Foto: Gabriela Biló / Estadão

"Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios" disse o pedetista, por meio de nota divulgada nas mídias sociais.

"A mim só resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição", completou.

Com 15 votos a favor e seis contra, o partido de Ciro foi decisivo para que a proposta fosse aprovada na Câmara. O texto principal passou com margem tímida de apenas quatro votos — foram 312 a favor, quando o mínimo necessário são 308.

Ciro afirmou que espera que a legenda "reverta a decisão" e "volte ao rumo certo" na votação em segundo turno, antes que o texto siga para o Senado. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), avalia se a PEC será votada pela segunda vez nesta quinta-feira ou na próxima terça-feira, 9.

Antes mesmo que Ciro se manifestasse, o assunto já havia ganhado tração nas redes sociais ao longo da madrugada desta quinta-feira. Termos relacionados ao PDT e à PEC dos Precatórios chegaram aos tópicos mais comentados do Twitter, com dezenas de milhares de tweets comentando o apoio dado pela legenda à pauta governista.

Estadão
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