Cláudio Castro recebeu propina, acusa empresário em delação premiada ao Ministério Público
Líder nas pesquisas eleitorais, governador e candidato à reeleição pelo PL chama vazamento de criminoso e diz que objetivo é interferir no processo eleitoral do Rio
RIO - O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que concorre à reeleição, foi acusado em delação premiada de receber propina quando era vereador pelo Rio e, depois, já como vice-governador na chapa encabeçada por Wilson Witzel (eleito pelo PSC), que acabou cassado em processo de impeachment.
O suposto suborno foi denunciado pelo delator Marcus Vinícius Azevedo da Silva, empresário e ex-assessor de Castro. O governador não comentou a delação e chamou o vazamento de "criminoso".
Marcus Vinícius prestou depoimento ao Ministério Público do Rio (MPRJ) em julho. Foi na Operação Catarata, que investiga fraudes na Fundação Estadual Leão XIII. O suposto esquema teria começado na Prefeitura do Rio. A delação é sigilosa, mas o Portal UOL teve acesso ao depoimento.
Ipec, Datafolha, Quaest, PoderData, FSB e Paraná Pesquisas divulgam levantamentos entre segunda, 19, e quarta, 21
A mudança foi feita. Os contratos passaram a ser geridos pela Subsecretaria de Pessoas com Deficiência (SUBPD).
"Lá na SUBPD, esses dois contratos passaram a dar propina e capital político para o então vereador Cláudio Castro, em 2017 para 2018. Aí, acabou o dinheiro, isso morreu em fevereiro de 2018. Mas, no mesmo ano, ele foi eleito vice-governador", afirmou o delator ao MPRJ.
Cláudio Castro repudia delação
O Estadão pediu posicionamento à assessoria do governador. Ele chamou a delação de leviana.
"Não comento ações que estão em segredo de Justiça. O vazamento desse conteúdo é criminoso e visa única exclusivamente interferir no processo eleitoral. Infelizmente no Rio de Janeiro há uma indústria de delações feitas por criminosos que querem se livrar da cadeia e acusam autoridades de forma leviana", declarou o governador por nota.