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Política

Cláudio Castro recebeu R$ 426 mil de propina, indica relatório da PF

Documento afirma haver 'indícios suficientes da prática de crimes'. Pagamentos teriam sido feitos quando Castro era vereador e vice

18 jan 2024 - 10h39
(atualizado às 11h16)
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Resumo
Relatório da Polícia Federal indica que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), recebeu R$ 426 mil em pagamentos indevidos durante 2017 a 2019. O governador negou as acusações.
PF investiga desvios em programas de assistência social, inclusiva na gestão do governador Cláudio Castro.
PF investiga desvios em programas de assistência social, inclusiva na gestão do governador Cláudio Castro.
Foto: PEDRO KIRILOS

A Polícia Federal (PF) divulgou um relatório que indica que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), teria recebido cerca de R$ 426 mil em pagamentos indevidos durante o período de 2017 a 2019, quando ocupava os cargos de vereador do Rio e vice-governador. As informações são da Globonews.

A investigação da PF foi mencionada em uma decisão do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tratava da autorização de mandados de busca na residência de Vinícius Sarciá, irmão de criação de Castro. No documento, obtido pela reportagem, são discriminados os valores indevidos que Castro teria recebido: R$ 326 mil e US$ 20 mil (aproximadamente R$ 100 mil).

"Há indícios suficientes da prática de crimes, cuja dinâmica envolve a atuação de Cláudio Castro como o agente político apoiando a atuação ilícita das pessoas jurídicas comandadas por Flávio Chadud e Marcus Vinícius Azevedo da Silva, na execução de contratos públicos", escreveu o ministro do STJ.

O ministro também ressaltou que Castro teria recebido pagamentos ilícitos em dinheiro, tanto em sua residência quanto em locais como o estacionamento de um shopping, na casa de um assessor e na sede de uma empresa com contratos estaduais. O relatório da PF indica que, após o suposto suborno ser depositado na conta bancária do atual governador.

A Globonews obteve acesso ao teor da decisão do STJ, e revelou as trocas de mensagens em que, de acordo com a polícia, Castro coordenava com dois empresários acusados de corrupção a entrega dos pagamentos indevidos. O ministro Raul Araújo reproduziu alguns desses trechos na sua decisão. No Brasil, ele teria feito saques nos Estados Unidos durante uma viagem à Disney.

Em uma dessas situações, ocorrida em 2019, quando Castro já exercia o cargo de vice-governador, a decisão menciona o empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva. Ele foi preso em julho de 2019, acusado de envolvimento em um esquema de corrupção na Fundação Leão XIII, órgão do governo responsável por projetos de assistência social.

Segundo o relatório, em conversa com um operador financeiro, Marcus Vinícius diz: "Preciso de R$ 80 mil pro fim do dia de amanhã". O operador responde: "Tenho 80 no cofre, se você quiser consigo te entregar isso hoje ainda".

Na sequência, segundo o documento, Marcus Vinícius marca um encontro com Cláudio Castro para o dia seguinte: "Assim que sair da vice-governadoria", diz o empresário. Na noite seguinte, Castro avisa para Marcus: "Saindo do palácio agora".

O STJ autorizou no mês passado a quebra do sigilo bancário, fiscal e de dados do governador Cláudio Castro. Vinícius Sarciá, irmão de criação do governador, foi alvo de busca e apreensão. No mês passado, o STJ autorizou a quebra do sigilo bancário, fiscal e de dados do governador Cláudio Castro. Além disso, Vinícius Sarciá, irmão de criação do governador, foi alvo de busca e apreensão.

Por meio de nota, Castro negou as acusações, que classificou como "infundadas, velhas e requentadas".

"A defesa do governador Cláudio Castro informou que não teve acesso ao conteúdo da decisão do STJ, e reitera que a delação de Marcos Vinícius, réu confesso, é criminosa e já é objeto de nulidade junto aos tribunais superiores, em razão de sua absoluta inconsistência. Vale ressaltar que as informações não passam de acusações infundadas, velhas e requentadas, muitas delas já exaustivamente publicadas pela própria mídia", diz a nota.

Fonte: Redação Terra
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