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Política

Clima tenso faz equipe reforçar segurança de Lula antes de esquema da PF

Ex-presidente, que já recebeu ameaça de morte, tem acompanhamento intensificado até dentro de sua casa

1 jun 2022 - 09h25
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Lula no lançamento de sua pré-candidatura
Lula no lançamento de sua pré-candidatura
Foto: Estadão

A equipe do ex-presidente Lula, pré-candidato às eleições presidenciais deste ano, reforçou a segurança do petista mesmo antes do início do esquema da Polícia Federal, que faz o acompanhamento dos candidatos em pleitos no Brasil. A informação é da coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.

A decisão ocorre após momentos tensos em Campinas (SP), quando manifestantes cercaram o carro em que Lula estava, e depois de uma ameaça de morte feita contra o político no Paraná.

Sendo ex-presidente, Lula tem direito à segurança da equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ainda assim, houve um reforço dessa equipe até mesmo dentro da casa do petista.

Mudanças na rotina

A rotina de Lula, que começa a se intensificar após a oficialização da pré-candidatura, também sofreu alterações. Deslocamentos longos, por exemplo, estão sendo desaconselhados, de acordo com a coluna.

Em outra ocasião, os seguranças chamaram atenção para a localização de um palco onde Lula iria discursar em Juiz de Fora (MG). O local seria muito próximo do público, de acordo com a equipe, ainda assim, Lula marcou presença. Nessa mesma cidade, vale lembrar, o então candidato Jair Bolsonaro (PL) sofreu um atentado a faca durante as eleições de 2018.

Preocupação da PF

Lula também é uma preocupação para a PF, que passa a integrar a equipe de segurança de todos os candidatos a partir de agosto.

Em reunião com representantes dos pré-candidatos, a PF anunciou um esquema com 300 agentes e carros blindados para os presidenciáveis, que serão distribuídos conforme uma escala de risco.

Lula deve realizar eventos por todo o País, atraindo multidões, o que aumenta a possibilidade de ataques. Além disso, o petista costuma a interagir com as pessoas durante comícios, o que torna a situação mais vulnerável.

“O sentimento antipetista ainda é muito forte. Está todo mundo preocupado com a militância de extrema direita”, disse uma fonte da Polícia Federal à coluna de Malu Gaspar. “O discurso de extrema esquerda gerou um Adélio Bispo (agressor de Bolsonaro em 2018). O discurso de extrema direita pode gerar outro Adélio”.

Fonte: Redação Terra
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