O bolsonarismo comeu pelas beiradas
Com segundo turno presidencial confirmado, bolsonarismo já tem algumas alianças no senado, na câmara dos deputados e nos governos estaduais
Uma breve análise a partir da confirmação do segundo turno. O bolsonarismo se firma como uma força política e deve continuar polarizando com o PT. Ou seja, ocupou o espaço deixado pelo PSDB como grande opositor do petismo.
Os resultados iniciais mostram que Bolsonaro ganhou espaço no Senado, elegendo Tereza Cristina, Mourão, Magno Malta, Damares, o astronauta Marcos Pontes e até Sergio Moro, que, no final da corrida, colou sua imagem ao presidente. Avançou nos estados e mesmo no Nordeste.
O PSDB, por sua vez, é apenas uma sombra do que já foi: ficará fora da corrida em São Paulo e está tomando um coro do ex-ministro Onix Lorenzoni no Rio Grande do Sul. Como Rodrigo Garcia perdeu para Tarcísio de Freitas, ex-ministro deste governo, pode-se dizer que o grande algoz dos tucanos é Jair Bolsonaro.
Agora resta saber se Bolsonaro será algoz também de Lula no segundo turno. O petista terá de se esforçar muito mais para reforçar a tão propalada frente ampla, que não garantiu a derrota de Bolsonaro.
Já Ciro Gomes, como esperado, sai da eleição menor do que entrou. E Simone Tebet e seu MDB se tornam um ativo importante para um eventual segundo turno.