Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Com Doria, PSDB perde áreas estratégicas do governo

7 jan 2019 - 08h27
(atualizado às 09h35)
Compartilhar
Exibir comentários

Com a chegada de João Doria ao Palácio dos Bandeirantes, o comando de áreas estratégicas do primeiro e também do segundo escalões do governo saiu das mãos do PSDB, legenda do governador. Pela primeira vez, quadros políticos ou técnicos da sigla não estão à frente das secretarias e empresas mais importantes do Estado, como as pastas de Governo, Fazenda, Transportes Metropolitanos e Casa Civil, além do Metrô.

Já de olho na eleição presidencial de 2022, Doria repassou a aliados funções tradicionalmente entregues aos tucanos desde o governo de Mario Covas - eleito em 1994. Além disso, no plano nacional, Doria tem feito críticas abertas ao PSDB e defendido a "reestruturação" do partido. O governador até lançou o deputado Bruno Araújo (PE), um nome de sua confiança, à presidência do partido na convenção marcada para maio.

A lista no Bandeirantes é encabeçada pelo vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), que acumula a Secretaria de Governo. Nem mesmo durante a gestão Márcio França (PSB) esse posto foi tirado de um tucano. Saulo de Castro ficou no cargo até o fim.

O governador eleito do Estado de São Paulo, João Doria, durante evento em São Paulo
O governador eleito do Estado de São Paulo, João Doria, durante evento em São Paulo
Foto: Leonardo Benassatto / Reuters

Presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin também deu espaço a partidos que o apoiavam, mas privilegiou correligionários em todas as suas passagens pelo Bandeirantes nos setores considerados mais sensíveis, como Transportes Metropolitanos. Agora, não só o comando da pasta está com o PP, de Alexandre Baldy, mas a presidência do Metrô também não é mais de um técnico da empresa. O escolhido é Silvani Alves Pereira, ex-secretário executivo do Ministério das Cidades do governo Temer.

Para a Casa Civil, Doria nomeou o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD), que se licenciou do cargo para se defender de suspeitas no âmbito da Lava Jato. Executivos da J&F afirmam que pagaram R$ 58 milhões a Kassab, o que ele nega.

Nos governos Alckmin, o posto sempre foi ocupado por políticos tradicionais do partido em São Paulo, como Samuel Moreira, Edson Aparecido e Sidney Beraldo. Quando foi governador, José Serra também colocou seu homem de confiança no cargo: Aloysio Nunes.

Na Fazenda e Planejamento, outra surpresa. Saem os quadros técnicos do partido para dar espaço a Henrique Meirelles (MDB), que não é tucano, mas tem status de "estrela do secretariado". Outro que chega para acumular cargos é Nelson de Souza, que comandou a Caixa Econômica Federal até dezembro e agora presidirá três empresas estaduais, entre elas, a Emplasa, responsável pelo planejamento metropolitano.

"Isso sem falar que a maioria dos secretários nomeados é de fora. Não sei que estratégia é essa, tenho minhas dúvidas se vai dar certo. Não conhecer as demandas e as pessoas do Estado, como prefeitos e deputados, pode dar problema", disse Pedro Tobias, presidente do diretório paulista do PSDB.

Nomeado para a nova pasta de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi (PSDB) diz que as escolhas seguiram critérios técnicos. "O PSDB ganhou as eleições de São Paulo e está muito bem representado", disse. Procurado, o governador não quis comentar.

Mesmo que não fossem comandadas anteriormente pelo PSDB, Saúde, Educação e Segurança Pública sempre foram entregues a quadros próximos a governos ou governadores tucanos. Desde o dia 1.º, no entanto, Educação está sob o comando de Rossieli Soares (ligado ao DEM), Saúde tem em José Henrique Germann um secretário do mercado e Segurança, pela primeira vez, está na responsabilidade de um general. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

Euforia e desmentidos:
Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade