Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Com possível veto de Dilma, Renan reage e defende gastos com passe livre

16 jul 2013 - 17h51
(atualizado às 18h06)
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu a aprovação da proposta de passe livre para todos os estudantes brasileiros, matéria de sua autoria que foi subscrita por quase todos os senadores. Ao fazer um pronunciamento na tarde desta terça-feira, Renan respondeu às especulações de que a presidente Dilma Rousseff pode vetar itens da chamada “agenda positiva” por considerar que as propostas vão aumentar significativamente os gastos públicos.

Renan, numa nova “alfinetada” contra a presidente, disse que todos os gastos da proposta foram calculados e defendeu a aprovação da matéria. O peemedebista fez um balanço das votações finalizadas pelo Senado após o início das manifestações, que tomaram conta do País há cerca de um mês.

“A fonte vem do Orçamento Público, de suas prioridades, é exatamente o que está em xeque neste momento. As prioridades que estão sendo dadas ao dinheiro do povo, do público. A celeridade não é inimiga da responsabilidade. Ninguém abriu aqui a chave da inconsequência fiscal. Pelo contrário, tudo foi analisado. O Congresso Nacional tem responsabilidade e não vai enveredar por aventuras fiscais”, afirmou.

Tentando evitar passar a imagem de que o Congresso está trabalhando contra a vontade da presidente Dilma, Renan voltou afirmar que trabalha em parceria com o Executivo. Outra preocupação da presidente é o impacto financeiro que a derrubada de alguns vetos pode causar. Capitaneado por Renan, o processo de deliberação dos vetos presidenciais começa em 20 de agosto e o senador já afirmou que a intenção é manter aqueles que causam prejuízos ao erário.

“Projetos pendentes de estudo de impacto financeiro estão sendo analisados para serem deliberados já em agosto. Havendo necessidade, convocaremos sessões do Congresso Nacional a qualquer momento. Vivemos um novo momento, a sociedade muda, as leis precisam mudar, e o parlamento precisa ser mais ágil e objetivo como vem sendo nos últimos dias”, disse.

Protestos contra tarifas de ônibus

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade