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Política

Com samba, Bolsonaro lança Ramagem no Rio

Bolsonaro e Ramagem posaram no palco ao lado de aliados e correligionários

17 mar 2024 - 07h06
(atualizado às 07h20)
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Jair Bolsonaro durante evento no Rio
Jair Bolsonaro durante evento no Rio
Foto: Ricardo Moraes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu neste sábado, 16, ao lançamento da pré-candidatura do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) à prefeitura do Rio. O evento foi realizado na quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, ligada a um clã de bicheiros. A escola de samba ofereceu o local para receber o ato, sem custos. O PL, no entanto, recusou a oferta e informou que pagou R$ 10 mil pelo espaço.

Investigado por suspeita de tramar um golpe de Estado, Bolsonaro afirmou, durante o evento, que "não tem medo" e que, por isso, decidiu voltar ao Brasil em março do ano passado, depois de um período de três meses nos Estados Unidos. "Eu poderia estar muito bem em outro país, mas decidi voltar para cá com todo o risco. Não tenho medo de qualquer julgamento."

Bolsonaro e Ramagem posaram no palco ao lado de aliados e correligionários. Compareceram o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e deputados federais e estaduais. Castro foi vaiado pela plateia. Em discurso, Ramagem disse que recebia do ex-presidente a missão de tirar "esses soldados do Lula da cúpula do Rio".

SEM COMUNICAÇÃO

Figuras de peso do PL e próximas ao ex-presidente ficaram de fora para não descumprirem ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado proibiu os investigados no inquérito que apura suspeita de tentativa de golpe de se comunicarem. O general Walter Braga Netto e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, por exemplo, não participaram do evento na quadra.

O ato reuniu menos da metade da capacidade da quadra de samba. Incomodado, Bolsonaro pediu que fosse autorizado que os apoiadores se aproximassem do palco.

Sem um "plano B" nas eleições municipais no Rio, o PL decidiu manter o nome de Ramagem na disputa à prefeitura, mesmo com a investigação da Polícia Federal que apura sua participação em esquema de espionagem ilegal quando ele era chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão
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