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Política

Combate não pode ser mais danoso que o vírus, diz Bolsonaro

Presidente voltou a defender o enfrentamento do vírus e do desemprego de forma conjunta e manifestou contrariedade a medidas restritivas para impedir a disseminação da covid-19

5 abr 2021 - 17h48
(atualizado às 18h32)
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Em mais uma defesa pelo retorno à normalidade das atividades econômicas, o presidente Jair Bolsonaro repetiu nesta segunda-feira, 5, que "o Brasil precisa voltar a trabalhar". Mais uma vez, Bolsonaro defendeu o enfrentamento do vírus e do desemprego de forma conjunta e manifestou contrariedade a medidas restritivas para impedir a disseminação da covid-19.

Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

"Bato na mesma tecla desde março do ano passado. Temos dois problemas pela frente gravíssimos ainda: o vírus e o desemprego. E também sempre bati na mesma tecla das medidas para combater o vírus (porque) os seus efeitos colaterais não podem ser mais danosos que o próprio vírus", disse Bolsonaro em evento para entregas de residências em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal. "O Brasil precisa voltar a trabalhar", acrescentou.

Nesta segunda-feira, 5, Bolsonaro visitou e fez a entrega simbólica de residenciais patrocinados pela Caixa Econômica Federal em parceria com o governo do DF. "Pessoas necessitadas estão recebendo um benefício, um imóvel patrocinado pela nossa Caixa Econômica Federal. É sinal que teve gente que não parou durante a pandemia", comentou.

Em reforço à sua posição contrária às medidas de fechamento, Bolsonaro citou que dos quatro beneficiários que receberão as novas residências uma pessoa é aposentada e três estão desempregados. "Pessoas humildes, só Deus sabe como estão sobrevivendo", disse. Bolsonaro mencionou ainda que deve viajar na quarta-feira, 7, para Chapecó (SC), onde avaliou como um exemplo a gestão de combate à pandemia.

Bolsonaro estava acompanhado dos ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, e Flávia Arruda, da Secretaria de Governo, que tomará posse amanhã, além do presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, e do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

No mês passado, Bolsonaro chegou a entrar com ação no Supremo Tribunal Federal contra decreto de Ibaneis e dos governos da Bahia e do Rio Grande do Sul sobre o toque de recolher por conta da crise sanitária. O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, rejeitou a ação do chefe do Executivo. Hoje, Ibaneis Rocha reiterou seu apoio ao governo de Bolsonaro.

Residenciais

O governo entregou nesta quinta-feira os Residenciais Crixá IV e V, localizados em São Sebastião (DF). Os condomínios fazem parte do programa habitacional Casa Verde e Amarela, criado pelo governo para substituir o Minha Casa Minha Vida (MCMV). O evento marcou o início da entrega de 435 residências construídas em parceria com o governo do Distrito Federal.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, os empreendimentos receberam cerca de R$ 53,7 milhões em investimentos federais. O ministro Rogério Marinho destacou que uma das metas do governo é não deixar obras paradas. Segundo ele, a pasta adotou protocolos sanitários para os trabalhadores da construção civil e deve entregar mais unidades habitacionais do que no ano passado.

"Ano passado entregamos mais de 400 mil unidades habitacionais, esse ano nós vamos repetir e aumentar um pouco mais, graças às negociações que foram feitas e resultaram na melhoria do programa Casa Verde Amarela", disse.

Estadão
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