Comissão do PT decide na próxima semana se investiga Vargas
O Partido dos Trabalhadores decide na próxima semana se irá instaurar uma comissão de ética para investigar o deputado André Vargas (PT-PT), caso o parlamentar não renuncie ao mandato na Câmara até a próxima terça-feira. O assunto foi divulgado na reunião da cúpula do PT, ocorrida na sede do partido, no centro de São Paulo, com 18 dirigentes da sigla, no último dia 10. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo.
Ontem, o presidente do PT, Rui Falcão, divulgou um relatório produzido por três integrantes da cúpula petista que ouviram Vargas sobre suas relações com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A decisão de seguir ou não a recomendação do grupo será tomada por um colegiado em reunião extraordinária. O documento, assinado por Alberto Cantalice, Florisvaldo Souza e Carlos Árabe, recomenda à Executiva Nacional do partido a instauração imediata da comissão de ética que poderá advertir, suspender ou até mesmo expulsar Vargas do PT. A avaliação de dirigentes petistas, no entanto, é que, uma vez instalada a comissão na sigla, são grandes as chances de expulsão do deputado.
Caso Vargas renuncie até terça-feira, o assunto pode ser encerrado dentro do partido, ou enviado para a avaliação do diretório municipal de Londrina (PR), onde o deputado é filiado desde 1990. O parlamentar chegou a dizer que renunciaria ao mandato no início da semana, mas voltou atrás após uma negociação fracassada com integrantes da Comissão de Ética da Câmara. Segundo interlocutores, o petista foi convencido de que a renúncia não paralisaria o processo que pode resultar em sua cassação. Vargas se diz injustiçado diante das denúncias.