'Como não vamos respeitar resultados se vamos ganhar?', diz líder chavista após fala de Lula

Jorge Rodríguez, presidente do Legislativo venezuelano e chefe de campanha do chavismo, questionou nesta segunda-feira, 22, o pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o governo de Nicolás Maduro respeite o resultado das eleições previstas para o próximo domingo, 28. As informações são da CNN.

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“Como não vamos respeitar os resultados se vamos ganhar, irmão? Claro que vamos respeitar. Não somente vamos respeitar, como vamos comemorar nas ruas com o povo da Venezuela”, afirmou Rodríguez ao ser questionado durante uma coletiva de imprensa sobre o comentário de Lula sobre a necessidade de Maduro respeitar o processo democrático. 

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Rodríguez declarou que não tinha lido as palavras exatas de Lula, mas assegurou que responderia para o jornalista e qualquer outra pessoa que tivesse dúvidas de que o presidente venezuelano irá respeitar e “comemorar os resultados junto com seu povo”.

No mesmo dia, Lula revelou a agências internacionais que ficou “assustado” com a declaração de Maduro de que haveria um “banho de sangue” na Venezuela se o chavismo não vencesse as eleições.

“Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, declarou Lula.

O presidente brasileiro mencionou ainda que já havia dito duas vezes a Maduro que é necessário “respeitar o processo democrático”.

Lula também anunciou que enviará seu assessor de política externa, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, para acompanhar a eleição venezuelana. Além dos dois observadores que serão enviados pela Justiça Eleitoral, ele deseja que o Legislativo também envie observadores para o pleito.

O principal candidato da oposição, Edmundo González, expressou sua gratidão na rede social X pelas palavras de Lula e destacou a importância do envio de Amorim para observar o processo eleitoral. “O mundo nos observa e acompanha”, celebrou o candidato, que faz parte do bloco Plataforma Unitária, recebe apoio de María Corina Machado e é o principal concorrente do governo.