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Política

Congresso aprova Orçamento de 2024 com cerca de R$ 53 bi em emendas, cifra recorde

Desse valor, R$ 25 bilhões serão destinados a emendas individuais dos parlamentares cujo gasto é obrigatório

22 dez 2023 - 15h47
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BRASÍLIA - O Congresso Nacional aprovou nesta sexta-feira, 22, último dia do ano legislativo, o Orçamento de 2024 com um volume recorde de emendas parlamentares, no valor de, aproximadamente, R$ 53 bilhões. Desse total, os parlamentares terão direito a cerca de R$ 25 bilhões em emendas individuais impositivas. Ou seja, esses valores têm que obrigatoriamente serem gastos pelo governo nos locais indicados pelos congressistas.

BRASILIA DF NACIONAL SESSAO CONGRESSO NACIONAL 19-12-2023 Plenv°rio do Senado Federal durante sessv£o deliberativa extraordinv°ria. Na pauta, duas medidas provisv=rias: a MP 1.185/2023, que altera a tributavßv£o de incentivos fiscais e a MP 1.187/2023, que cria o Ministv©rio do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. vÄ mesa. presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conduz sessv£o. Foto: Roque de Sv°/Agv?ncia Senado
BRASILIA DF NACIONAL SESSAO CONGRESSO NACIONAL 19-12-2023 Plenv°rio do Senado Federal durante sessv£o deliberativa extraordinv°ria. Na pauta, duas medidas provisv=rias: a MP 1.185/2023, que altera a tributavßv£o de incentivos fiscais e a MP 1.187/2023, que cria o Ministv©rio do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. vÄ mesa. presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conduz sessv£o. Foto: Roque de Sv°/Agv?ncia Senado
Foto: Roque de Sá / Agência Senado / Estadão

Emendas parlamentares são recursos no Orçamento do governo federal que podem ser direcionados aos redutos eleitorais de deputados e senadores para, por exemplo, realizar obras e implementar políticas públicas.

Este ano, o relator do Orçamento de 2024, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), turbinou os recursos destinados às emendas de comissão. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada este ano definiu que o valor destinado às emendas de comissão será equivalente a "ao menos" 0,9% da Receita Corrente Líquida (RCL) do ano de 2022, o que representa R$ 11,3 bilhões. A inclusão da expressão "ao menos" abriu espaço para que parlamentares pleiteassem um valor maior, que chegou a R$ 16,6 bilhões.

Apesar de o governo não ser obrigado a pagar esses valores, como ocorre no caso das emendas individuais e de bancada estadual, que são impositivas, a cúpula do Legislativo decidiu apostar nessas verbas como forma de compensar o fim do orçamento secreto declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento capitaneado pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A ideia é de que os presidentes das duas Casas possam obter um maior controle sobre os recursos parlamentares, por meio das emendas de comissão, nos moldes do antigo orçamento secreto. O esquema, revelado pelo Estadão e declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), consistia na distribuição de emendas "RP9? sem transparência pela cúpula do Congresso.

Na modalidade das emendas de comissão, o autor do recurso não é um deputado ou um senador, mas a própria comissão. Via de regra, a escolha das programações que são objeto das emendas é, inclusive, uma decisão colegiada.

"A emenda de comissão está balanceada não de jeito técnico, mas de jeito político", afirmou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) ontem, durante votação do relatório orçamentário na Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Segundo ela, esse tipo de emenda virou apenas um "disfarce". "Virou balcão de negócios, a gente tem de ser claros quanto a isso. A emenda de relator (batizada de Orçamento Secreto, extinto pelo STF) virou emenda de comissão. Isso é claro e nítido, até as paredes sabem", destacou a parlamentar.

Estadão
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