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Política

Congresso recebe Bolsonaro com "genocida, fascista" e "mito"

Bolsonaro, por sua vez, fez uma provocação: "Nos encontramos em 2022", em referência ao período das próximas eleições presidenciais

3 fev 2021 - 17h12
(atualizado às 17h27)
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A sessão de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional começou com provocações entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e a oposição. Parlamentares contrários ao governo soltaram gritos de "genocida" e "fascista" quando o chefe do Planalto foi chamado para fazer um discurso na cerimônia. Após os gritos, parlamentares da base chegaram a gritar "mito" para o presidente.

Bolsonaro discursa na abertura do ano legislativo no Congresso
Bolsonaro discursa na abertura do ano legislativo no Congresso
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

Bolsonaro, por sua vez, fez uma provocação: "Nos encontramos em 2022", em referência ao período das próximas eleições presidenciais.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito no cargo com apoio do Planalto, tentou acalmar os ânimos do plenário e pediu respeito.

"Não é simplesmente tolerar as divergências, é ter amor às divergências", afirmou Pacheco, fazendo um apelo por pacificação no novo ano legislativo. Ao lado dele, estava o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também apoiado por Bolsonaro.

Protestos contra o presidente Bolsonaro dentro do plenário do Congresso
Protestos contra o presidente Bolsonaro dentro do plenário do Congresso
Foto: Dida Sampaio / Estadão

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e o procurador-geral da Justiça, Augusto Aras, são participantes da cerimônia.

Bolsonaro chegou ao Congresso de carro e, de máscara, foi recebido pelos presidentes das duas Casas na entrada do prédio.

Discurso

Ao abrir o ano legislativo, o presidente Jair Bolsonaro garantiu aos parlamentares que o governo federal está preparado para implementar o plano nacional de vacinação contra a covid-19 e colocou a "volta à normalidade" como meta principal do governo.

Em um discurso de pouco mais de cinco minutos, o presidente elencou os projetos prioritários para o governo este ano e fez um balanço de 2020. "O governo federal adotou as premissas básicas de salvar vidas e proteger empregos", afirmou.

Ao responder ao que tem sido uma das maiores preocupações apontadas pelos parlamentares, reafirmou que o governo federal comprará todas as vacinas aprovadas pela Anvisa.

"O governo federal encontra-se preparado para executar o plano nacional de vacinação contra a covid-19. Envidamos todos os esforços para volta do país à normalidade", disse.

Com informações da Reuters.

Estadão
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