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Política

Continuar obras para enchentes é desafio de candidatos em SP

Planos imediatistas sem efeito pressionam para que próximo prefeito tenha uma estratégia para o problema

9 nov 2020 - 13h32
(atualizado às 13h48)
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Com medidas pontuais, as propostas dos candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições 2020 para conter as enchentes na capital esbarram na falta de um plano contínuo, que sobreviva à troca de gestão. Especialistas apontam que o aumento na frequência de chuvas intensas devem transformar as inundações em um dos principais desafios ao próximo prefeito, o que é agravado por décadas de investimento em soluções imediatistas como piscinões e grandes obras de drenagem.

Foto: fdr

Os programas de governo de candidatos na capital paulista falam em recuperação ambiental de áreas estratégicas, criação de novos sistemas de monitoramento das enchentes, operações para limpar bueiros e desassorear rios, trocar pavimentos, aumentar o número de parques lineares e investir em obras de infraestrutura. Há poucos detalhes sobre como as obras serão feitas, as prioridades entre as ações e como as medidas podem ser complementares na solução do problema.

O plano do prefeito Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, por exemplo, fala em "investir pesado em saneamento básico, remoção de áreas de risco, drenagem, prevenção de enchentes e alagamentos", além de destacar nove piscinões entregues pela gestão atual. Celso Russomanno (Republicanos) prevê "dar continuidade ao programa de recuperação ambiental dos cursos d'água" e também implantar "a tecnologia de fitorremediação e uso de meios naturais para a recuperação das microbacias do município".

Guilherme Boulos (PSOL), que traz ao menos cinco medidas para o tema, promete um "Sistema Municipal de Prevenção e Mitigação de Desastres", ampliação das áreas verdes, um Plano Municipal de Drenagem para aumentar o uso de materiais permeáveis no solo e a ampliação da "Operação Cata-Bagulho" para retirar objetos de canais e córregos da cidade.

Já Márcio França (PSB) quer intensificar a limpeza de bueiros e desassorear córregos para melhorar o fluxo de água na rede de drenagem, e menciona também campanhas de conscientização contra o descarte irregular do lixo. Ele cita ainda um recapeamento estratégico de vias para melhorar a absorção de água, e um plano de mapeamento das áreas de risco.

Estadão
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