MPF dá prazo para PF apurar quem pagou defesa de Adélio
O primeiro inquérito da PF concluiu que o esfaqueador agiu sozinho.
O Ministério Público Federal em Juiz de Fora concordou com a prorrogação por mais 90 dias do segundo inquérito contra Adélio Bispo de Oliveira que, na tarde de 6 de setembro, esfaqueou o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro. A decisão nem precisou passar pelo crivo do juiz Bruno Savino, da 3.ª Vara Federal, ao contrário do que foi divulgado inicialmente.
Em nota, a Justiça Federal de Minas esclareceu que "não houve, por parte do juiz federal, nenhuma decisão deferindo ou indeferindo o pedido de prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, solicitado pelo delegado de Polícia Federal".
Segundo a Justiça Federal, "especificamente no caso, não há mais medidas cautelares em curso nesta vara federal, ou seja, as medidas cautelares que foram deferidas e baixadas, isto é, encerradas, e não há indiciado preso, lembrando que Adélio Bispo de Oliveira, atualmente preso, não é indiciado neste segundo inquérito policial que apura eventual participação de terceiros no cometimento do atentado praticado contra Jair Messias Bolsonaro".
A Procuradoria se manifestou favorável ao pedido da Polícia Federal, responsável pelo inquérito aberto especificamente para investigar quem financiou a defesa de Bispo.
Bolsonaro, em campanha, foi golpeado por Bispo em uma rua central de Juiz de Fora na tarde de 6 de setembro. O agressor foi preso em flagrante e confessou o crime.
A PF indiciou o agressor por violação ao artigo 20 da Lei de Segurança Nacional - atentado pessoal por "inconformismo político". Ele está recolhido a um presídio de segurança máxima de Campo Grande.
O primeiro inquérito da PF concluiu que o esfaqueador agiu sozinho.
A segunda investigação foi instaurada ainda em setembro para descobrir quem financiou a defesa de Bispo.
Em 21 de dezembro, a PF fez buscas em endereços ligados ao advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, defensor de Bispo.