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Política

PF deve receber foto de senador suspeito de votar duas vezes

O senador Mecias de Jesus nega a acusação.

20 fev 2019 - 22h01
(atualizado às 23h06)
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O corregedor do Senado, Roberto Rocha (PSDB-MA), enviará ainda esta semana para a Polícia Federal a imagem do voto do senador Mecias de Jesus (PRB-RR), que, segundo a revista "Crusoé", é um dos principais suspeitos de fraudar a votação para presidente da Casa. A Corregedoria também encaminhará à autoridade policial todas as imagens das câmeras de segurança e dos celulares de senadores que registraram a votação para a escolha do presidente do Senado.

Na eleição, havia um voto a mais depositado na urna do que o número de parlamentares. Esta votação foi anulada e a seguinte elegeu Davi Alcolumbre (DEM-AP) presidente do Senado. Na semana passada, o Estado mostrou que nas gravações do circuito interno de TV do Senado haveria ao menos seis parlamentares suspeitos de participação no escândalo da 82ª cédula surgida na eleição para presidente do Senado.

Senador Mecias de Jesus (PRB-RR)
Senador Mecias de Jesus (PRB-RR)
Foto: Roque de Sá / Agência Senado

Uma foto do voto do senador Mecias de Jesus a que a revista "Crusoé" teve acesso mostra o momento em que ele insere na urna um papel de superfície lisa e sem qualquer inscrição, diferentemente dos demais colegas. O envelope oficial de voto contém um brasão da República de um lado e, de outro, uma marca em que se lê Senado Federal.

O gabinete do corregedor informou ao Estado que a foto do senador é elemento, mas não é suficiente para apontá-lo como principal suspeito. De acordo com o gabinete, é preciso aguardar perícia da Polícia Federal, como já havia sido acertado com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Mauricio Valeixo.

O senador Mecias de Jesus nega a acusação. Em nota, a assessoria do senador informa que ele não foi informado pela Corregedoria "sobre a suposta suspeição sobre seis senadores" ou sobre o andamento das investigações. "Mecias de Jesus está com a consciência limpa", diz a nota.

Estadão
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