CPI antecipa depoimento de governador do AM após ação da PF
Wilson Lima terá de prestar esclarecimentos aos parlamentares na próxima quinta-feira
O presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou nesta quarta-feira, 2, a antecipação do depoimento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), depois que a Polícia Federal realizou buscas na casa dele nesta manhã como parte de operação sobre suspeita de desvios de recursos para o combate à pandemia em um dos Estados mais afetados pela doença no País.
Originalmente, Lima, primeiro governador a prestar depoimento, iria à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no dia 29, mas agora ele terá de prestar depoimento aos senadores na próxima quinta-feira.
Mais cedo, a PF deflagrou operação no Amazonas para cumprir seis mandados de prisão e 19 de busca e apreensão no âmbito de investigação sobre suspeita de fraudes e superfaturamento em contratos voltados para o enfrentamento à covid-19 no Estado.
A PF informou em nota que há indícios de que a cúpula do governo estadual teria orientado funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas a realizar contratação fraudulenta de hospital de campanha para favorecer grupo de empresários locais.
Suspeitas de desvios de recursos enviados pelo governo federal aos Estados para enfrentar a pandemia estão sob investigação da CPI da Covid no Senado.
Na última semana, a CPI aprovou convocação de nove governadores e do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, apesar das dúvidas regimentais sobre a competência do Senado para convocar governadores de Estado.
Além de Lima, foram convocados Helder Barbalho (MDB), do Pará; Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina; Antonio Denarium (sem partido), de Roraima; Valdez Góes (PDT), do Amapá; Marcos Rocha (PSL), de Rondônia; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Mauro Carlesse (PSL), do Tocantins; e Wellington Dias (PT), do Piauí, assim como Witzel.
Senadores optaram por levar à CPI governadores de Estados onde ocorreram operações da Polícia Federal por suspeitas de desvios de recursos federais para combate à pandemia de covid-19.
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