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Política

CPI aprova convocações de Franco e de secretário da Saúde

Os dois são apontados como os principais envolvidos nas negociações de aquisições de vacinas no país

18 mai 2021 - 10h23
(atualizado às 10h34)
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A CPI da Covid aprovou nesta terça-feira as convocações do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco e do secretário de Ciência e Tecnologia da pasta, Hélio Angotti Neto, para prestar depoimentos.

Reunião da CPI da Covid no Senado
11/05/2021
REUTERS/Adriano Machado
Reunião da CPI da Covid no Senado 11/05/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Franco, que é coronel do Exército, e Angotti são apontados como os principais envolvidos nas negociações de aquisições de vacinas no país. As datas para os depoimentos ainda não foram marcadas.

Angotti, que assumiu o cargo no ano passado, com Eduardo Pazuello, foi mantido pelo atual ministro, Marcelo Queiroga. Ele é o responsável pela negociação, aprovação e aquisição de todos os medicamentos que passam pelo Ministério da Saúde.

Como mostrou a Reuters, Angotti foi ganhando influência no governo ao defender políticas questionáveis contra a Covid-19, mas que agradam o presidente Jair Bolsonaro. Oftalmologista, o secretário se dedicou a defesa do chamado "tratamento precoce", com o uso de cloroquina, e críticas ao distanciamento social e uso de máscaras.

Cabia a Angotti também a negociação com as farmacêuticas para compra de vacinas pelo país. De acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, o secretário recebia os laboratórios, negociava, e repassava as informações a Élcio Franco, que então levava ao então ministro Pazuello.

Franco, braço direito de Pazuello, chegou a participar de reuniões com a Pfizer, de acordo com o depoimento do ex-secretário de comunicação da Presidência Fábio Wajngarten. Apesar de ter começado as conversas com o governo brasileiro em meados de 2020 e ter apresentado a primeira proposta em uma carta em setembro, as ofertas da Pfizer foram ignoradas até o início deste ano.

Procurados, Franco, Angotti e o Ministério da Saúde não comentaram até o momento as convocações pela CPI.

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