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Política

CPI aprova quebra de sigilo das redes sociais de Bolsonaro

Decisão ocorre devido live em que o chefe do Planalto relacionou a vacina contra a covid-19 à aids

26 out 2021 - 11h22
(atualizado às 11h50)
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Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros durante sessão da CPI
Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros durante sessão da CPI
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou a quebra do sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais pela live em que o chefe do Planalto relacionou a vacina contra a covid-19 à aids. O requerimento foi aprovado no início da reunião da CPI nesta terça-feira, 26, data marcada para a votação do parecer final da comissão.

No requerimento, a CPI determina às empresas Google, Facebook e Twitter o envio de dados sigilosos de Bolsonaro nas redes relativos a abril de 2020 até o momento ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR). Outro requerimento aprovado pede uma investigação pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do inquérito das fake news.

A declaração de Bolsonaro, mentirosa, levou Facebook, Instagram e Youtube a retirarem do ar o vídeo da transmissão e foi incluída no parecer da CPI. A comissão decidiu ainda acionar a Advocacia do Senado para protocolar uma representação contra Bolsonaro no Supremo e na PGR pedindo uma retratação e a suspensão das contas do presidente nas redes.

'Serial killer'

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), decidiu pedir a responsabilização do presidente Jair Bolsonaro pela declaração da Live. "Tal episódio reforça a decisão do Presidente da República de continuar propagando informações falsas, em sua campanha antivacina deletéria para a população brasileira", escreveu Renan. O pedido do relator é que sejam adotadas ações para afastar Bolsonaro de todas as redes sociais, "para a proteção da população brasileira". Em entrevista a jornalistas, o relator chamou Bolsonaro de "serial killer que tem compulsão de morte" em função da postura do presidente durante a pandemia.

Estadão
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