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Política

CPI convoca Barusco e decide contratar empresa americana

CPI da Petrobras aprovou plano de trabalho nesta quinta-feira e começara trabalhos com oitiva de ex-gerente que fez acordo de delação premiada

5 mar 2015 - 15h13
(atualizado às 17h13)
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Petistas acreditam que poderão investigar a gestão tucana a partir do depoimento de Barusco (foto)
Petistas acreditam que poderão investigar a gestão tucana a partir do depoimento de Barusco (foto)
Foto: Agência Brasil

A CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira o plano de trabalho do relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), com acordo para que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco seja o primeiro a depor na comissão. A CPI também decidiu contratar a empresa americana Kroll, especializada em recuperação de ativos financeiros.

Em depoimento de delação premiada, Barusco estimou que o Partido dos Trabalhadores (PT) recebeu até US$ 200 milhões de propina por intermédio do tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto. O depoimento dele também pode ser benéfico ao PT, já que o ex-gerente disse ter começado a receber propinas da empresa holandesa SBM Offshore em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

A CPI vai se concentrar no período entre 2005 e 2015, durante os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Sem conseguir ampliar o escopo da investigação até 1997, petistas acreditam que poderão investigar a gestão tucana a partir do depoimento de Barusco.

Deputados batem boca na CPI da Petrobras:

O início dos trabalhos com a oitiva do ex-gerente não estava previsto no plano de trabalho de Luiz Sérgio, mas a inversão foi acordada entre os deputados presentes. O ex-gerente, que está em prisão domiciliar, depende de autorização judicial para ir à CPI. A ideia é que ele deponha na próxima terça-feira.

Sérgio pediu para ouvir os ex-presidentes da Petrobras Sérgio Gabrielli e Graça Foster, que foram ao Congresso em diferentes ocasiões no ano passado. Também serão ouvidos o doleiro Alberto Youssef e os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque.

Kroll

A contratação da empresa Kroll foi solicitada pelo presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O relator da CPI elogiou a iniciativa.

“Essa CPI tem um dado novo, que é o grande número de pessoas com contas em paraísos fiscais. Diante do espanto que foi todos nós verificarmos pessoas devolvendo US$ 96 milhões de dólares de forma espontânea, acredito que uma assessoria nesta área é importante”, disse o deputado, após a reunião.

A CPI terá pelo pelos quatro sub-relatorias, criadas nesta quinta-feira por determinação de Hugo Motta. A decisão provocou confusão e bate-boca entre os deputados. A comissão pode ganhar outros quatro sub-relatores, já que Luiz Sérgio requisitou dois auxiliares e o deputado Julio Delgado (PSB-MG) defendeu a criação de outras duas.

O relator acredita que muitos sub-relatores podem atrapalhar. “Bolo que muita gente mexe acaba solado”, brincou.

Fonte: Terra
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