CPI mista da Petrobras adia votações por falta de quórum
Oposição diz que governo manobra contra votação de requerimentos, mas também engrossou lista de ausências
A reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista da Petrobras que analisaria 379 requerimentos nesta quarta-feira foi adiada por falta de quórum. Em uma semana reduzida por jogos da Copa do Mundo e o feriado de quinta-feira, apenas 10 dos 32 parlamentares assinaram a lista de presença.
Para abrir a reunião era necessária a presença de um mínimo de 11 parlamentares, sendo preciso 17 para votar requerimentos. A oposição chamou de manobra a ausência de congressistas do governo, embora também tenha contribuído com o baixo quórum de hoje.
“A CPI foi inviabilizada com uma manobra do governo de protelar os trabalhos desde o início. Nós perdemos dois meses e com isso sepultamos as possibilidades de alcançarmos êxitos nos objetivos daqueles queriam realmente investigar”, disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
Entre os faltantes, estavam os senadores Anibal Diniz (PT-AC), Humberto Costa (PT-PE) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que estavam no Senado. Do lado da oposição, não assinaram a lista de presença os senadores Mário Couto (PSDB-PA) e Jayme Campos (DEM-MT). Os deputados Fernando Francischini (SDD-PR) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) também não foram à comissão.
A reunião de hoje tinha por objetivo votar quebras de sigilo de envolvendo investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. “Talvez tenha muita gente interessada que aqueles que sejam aqui convocados ou quebras de sigilos sejam feitas”, disse o deputado Julio Delgado (PSB-MG).
Para o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), a sessão dificilmente seria aberta e negou a manobra. “Era um dia de difícil mobilização diante do feriado”, disse.