CPI: servidora diz que nunca sofreu pressão sobre a Covaxin
Regina Célia relatou ainda que o contrato com a vacina indiana ficou um mês sem um fiscal nomeado
A servidora Regina Célia Silva Oliveira negou ter sofrido pressão para acelerar a importação da vacina indiana Covaxin no Ministério da Saúde. Em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira, 6, ela negou qualquer tipo de irregularidade na conduta de autorizar o avanço da negociação, alvo de investigação na comissão.
No depoimento, Regina Célia relatou que foi designada como fiscal do contrato no dia 22 de março, dois dias após uma reunião no Palácio da Alvorada em que o presidente Jair Bolsonaro foi alertado sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo a Covaxin, de acordo com o deputado Luis Miranda (DEM-MF).
Além disso, a servidora relatou que, antes de ser designada para fiscalizar a compra, o contrato com a Covaxin ficou um mês sem um fiscal nomeado.
O Ministério da Saúde assinou o contrato no dia 25 de fevereiro, antes, por exemplo, de fechar a compra de doses com a Pfizer, apesar de ter recebido ofertas ao longo do ano passado.
Suspeita de favorecimento
"Não, senhor. Eu não acho, eu tenho certeza que não favoreci", disse a servidora ao ser questionada pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), se teria favorecido a Precisa Medicamentos, que intermediou a negociação entre o Ministério da Saúde e o laboratório indiano Bharat Biotech.
Regina Célia evitou responder sobre as diferenças dessa negociação em relação a outras empresas. "Eu desconheço as questões pré-contratuais, eu só figuro no contrato a partir do momento que sou indicada."