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Política

Cronologia: Entenda a relação entre Bebianno e o presidente

Bolsonaro e seu ministro da Secretaria-Geral da Presidência estão no mesmo partido há pouco mais de um ano; acompanhe a linha do tempo

15 fev 2019 - 15h13
(atualizado às 15h30)
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Cronologia do Caso Bebianno

O deputado federal Jair Bolsonaro(PSC-RJ) durante manifestação com seus seguidores na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
O deputado federal Jair Bolsonaro(PSC-RJ) durante manifestação com seus seguidores na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Foto: Fábio Motta / Estadão Conteúdo

5 de janeiro de 2018

De olho nas eleições para o Planalto, o então deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) desistiu de se filiar ao PEN, que seria rebatizado de Patriota. A decisão foi vista como uma vitória de Gustavo Bebianno num duelo que se arrastava desde novembro com os irmãos Flávio e Carlos Bolsonaro.

Janaína Paschoal e Jair Bolsonaro se encontram pela primeira vez na vida durante a Convenção Nacional do PSL, no Rio de Janeiro, que vai lançar a candidatura do militar à Presidência
Janaína Paschoal e Jair Bolsonaro se encontram pela primeira vez na vida durante a Convenção Nacional do PSL, no Rio de Janeiro, que vai lançar a candidatura do militar à Presidência
Foto: BBC News Brasil

7 de março

Agora como pré-candidato ao Planalto, Bolsonaro se filiou ao PSL, presidido por Luciano Bivar (PE). Bebianno foi escalado por Bolsonaro para comandar o partido durante a campanha eleitoral. A contragosto dos filhos de Bolsonaro, Bebianno atuou para aproximar Julian Lemos, um militante da Paraíba, do comando da campanha e tornar o senador Magno Malta (PR-ES) candidato a vice na chapa presidencial. As negociações irritaram Carlos e Flávio.

Condenado no mensalão, Valdemar está desfiliado do PR mas ainda comanda o partido
Condenado no mensalão, Valdemar está desfiliado do PR mas ainda comanda o partido
Foto: NBASTIAN/ Câmara dos Deputados / BBC News Brasil

Julho

Bebianno procura o presidente do PR, Valdemar da Costa Neto, para costurar uma aliança do partido com o PSL na disputa presidencial. Valdemar exigiu coligação proporcional em São Paulo, para reforçar a legenda e eleger mais deputados na onda de votos de Eduardo Bolsonaro. Eduardo se opôs.

15 de agosto de 2018

Flávio Bolsonaro foi convencido pelo pai a registrar o empresário Paulo Marinho, ligado a Bebianno, como suplente na sua candidatura ao Senado. E Carlos reclamou que Bebianno também atuou para impedir que disputasse uma cadeira na Câmara Federal pelo Rio. Com isso, o filho do presidente permaneceria como vereador e ficaria longe do pai numa eventual vitória nas eleições presidenciais.

Carlos Bolsonaro ainda é vereador pelo Rio de Janeiro até o fim de 2018
Carlos Bolsonaro ainda é vereador pelo Rio de Janeiro até o fim de 2018
Foto: FÁBIO MOTTA / Estadão Conteúdo

21 de novembro de 2018

Durante o governo de transição, Bebianno antecipou o anúncio da escolha de Carlos Bolsonaro como chefe da Secretaria de Comunicação do governo (Secom), surpreendendo o filho do presidente que ainda estudava se a situação configurava nepotismo. No Twitter, Carlos afirmou que "não tem nada disso". Em seguida, informou que deixaria o controle das redes sociais do pai.

Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro
30/10/2018 REUTERS/Sergio Moraes
Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro 30/10/2018 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

6 de dezembro de 2018

O 'Estado' revelou que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou em relatório "movimentações atípicas" de um ex-assessor de Flávio Bolsonaro. O filho do presidente reclamou ao pai que Bebianno não estaria atuando para estancar a crise.

Como parte de uma investigação da Operação Lava Jato, foi identificada uma movimentação bancária suspeita no valor de R$ 1,2 milhão por parte de um ex-assessor de Flávio Bolsonaro
Como parte de uma investigação da Operação Lava Jato, foi identificada uma movimentação bancária suspeita no valor de R$ 1,2 milhão por parte de um ex-assessor de Flávio Bolsonaro
Foto: SERGIO LIMA/AFP / BBC News Brasil

17 de janeiro de 2019

O Supremo Tribunal Federal suspendeu as investigações sobre o relatório do Coaf contra Flávio no âmbito do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro. Bebianno teria atuado para que a Corte analisasse o caso mesmo no recesso. A decisão de recorrer ao Supremo foi vista como um erro no núcleo do governo. A partir daí, Flávio passou a apoiar Carlos na luta do irmão contra o ministro.

Proximidade de Bebianno com Rodrigo Maia é outro fator que pesa na possível demissão do ministro
Proximidade de Bebianno com Rodrigo Maia é outro fator que pesa na possível demissão do ministro
Foto: SERGIO LIMA/AFP/Getty Images / BBC News Brasil

1º de fevereiro de 2019

Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito presidente da Câmara. A campanha dele à reeleição contou com apoio de Bebianno. Carlos e outro filho de Bolsonaro, Eduardo, deputado do PSL por São Paulo, eram contra a aproximação do Planalto e a candidatura de Maia.

Perfil de Jair Bolsonaro compartilhou publicações do filho, Carlos Bolsonaro, acusando ministro Gustavo Bebianno de ter mentido a respeito de ter conversado com presidente
Perfil de Jair Bolsonaro compartilhou publicações do filho, Carlos Bolsonaro, acusando ministro Gustavo Bebianno de ter mentido a respeito de ter conversado com presidente
Foto: Reprodução/Twitter Jair Bolsonaro / Estadão Conteúdo

12 de fevereiro de 2019

Em meio a denúncias de supostas irregularidades nas candidaturas do PSL, Bebianno disse ao 'Globo' que o caso não criou crise no governo e tinha conversado sobre o assunto com Bolsonaro - naquele momento internado. "Não existe crise nenhuma. Só hoje falei 3 vezes com o presidente", afirmou o ministro.

No começo da tarde do dia 13, Carlos escreveu no Twitter: "É uma mentira absoluta de Bebianno que ontem teria falado 3 vezes com Bolsonaro". Também postou: "Não há roupa suja a ser lavada! Apenas a verdade: Bolsonaro não tratou com Bebiano o assunto exposto pelo O Globo como disse que tratou". Horas depois, Bolsonaro retuitou as mensagens. Numa entrevista à noite divulgada pela TV Record, o presidente disse que Bebianno poderia "voltar às origens" caso estivesse envolvido em irregularidades.

 O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

15 de fevereiro de 2019

Bebianno fica no governo. Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro afirmam que ele decidiu atender aos apelos políticos e manter o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, no cargo. O presidente ainda não conversou com o ministro. A informação foi dada a Bebianno pelos colegas Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo).

Estadão
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