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Política

Cronologia do plano golpista: o passo a passo da tentativa de golpe investigada pela PF

Relatório da Polícia Federal descreve como grupo planejou o assassinato do presidente eleito em 2022, Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes

19 nov 2024 - 17h25
(atualizado às 20h35)
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Troca de mensagens, áudios, registro de entradas nos prédios dos Poderes em Brasília, geolocalização de aparelhos celulares e outras provas foram reunidas pela Polícia Federal (PF) no inquérito que narra uma tentativa de golpe de Estado, que seria executada em 2022.

A trama golpista envolveria o assassinato do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira, 19, cinco suspeitos foram presos pela PF por integrarem o grupo por trás do plano, que, pelas investigações, esteve prestes a ser executado em 15 de dezembro de 2022.

As investigações indicam, entretanto, que mais de um mês antes, um documento no Word foi criado detalhando o plano. Um dos presos nesta terça-feira, Mário Fernandes, general reformado que foi secretário-executivo da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro (PL) e ex-assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), é apontado como o responsável por imprimir o documento, intitulado de "Planejamento - Punhal Verde e Amarelo", nas dependências do Palácio do Planalto.

Além de Fernandes, um policial federal e três "kids pretos", que são militares do Comando de Operações Especiais do Exército, também foram detidos. O planejamento elaborado pelos investigados detalha os recursos humanos e bélicos que seriam necessários para colocar o plano em prática. O plano ainda envolvia a implementação de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", a ser integrado pelos próprios investigados para gerenciarem conflitos institucionais originados com o golpe, indicou a PF.

Veja o passo a passo da ação golpista:

O plano foi cancelado após o adiamento de uma sessão do STF que votaria o orçamento secreto. Poucos minutos após a notícia ser compartilhada no grupo em que os suspeitos planejavam o ataque, o grupo se desmobilizou e iniciou a "exfiltração", que, segundo um jargão do Exército, é a técnica de retirar forças de modo sigiloso do território inimigo.

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Estadão
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